Depois da festa pela conquista do Campeonato Gaúcho sobre o Inter, as atenções do Grêmio voltam à Libertadores.
Nesta terça-feira (23), a equipe de Renato Portaluppi encara o Libertad, no Paraguai, para manter vivo o sonho da classificação às oitavas de final da competição.
Relembre algumas passagens do Grêmio pelo Paraguai em partidas válidas pela Libertadores:
1995 - Olímpia 0 x 3 Grêmio (oitavas de final)
No ano que o Grêmio conquistaria o bicampeonato da Libertadores, o adversário das oitavas de final foi o Olímpia, invicto até então. O primeiro jogo foi no Defensores del Chaco, em Assunção. A vitória começou a ser construída com um golaço de Dinho. Depois de uma cobrança de escanteio de Arce, pela esquerda, a bola foi rebatida e sobrou para o volante que, de fora da área e de primeira, "pegou na veia" e acertou o ângulo.
O segundo gol foi de Jardel, que, com 12 gols, foi o artilheiro da competição. O centroavante gremista se aproveitou de um erro da defesa para ampliar o placar. A bola foi recuada para o goleiro Arbiza, mas o camisa 16 chegou antes, livrou-se da marcação e só teve o trabalho de mandar para o fundo das redes.
Paulo Nunes marcou o terceiro da equipe gremista. Em contra-ataque, o atacante recebeu um lançamento pelo lado direito do campo. Com velocidade, avançou livre até a área e chutou rasteiro no canto, tirando do goleiro e fechando a goleada no Paraguai.
1997 - Guaraní-PAR 2 x 1 Grêmio (oitavas de final)
O Grêmio passou pelo Guaraní nas oitavas de final da Libertadores de 1997, mas não foi sem esforço. No jogo de ida, os paraguaios bateram o Grêmio por 2 a 1.
Os paraguaios abriram o placar aos quatro minutos de jogo, com Hugo Ovelar. Depois de cobrança de escanteio com desvio, o jogador, em posição de impedimento, colocou pra dentro de cabeça.
O Grêmio empatou com aos 17 minutos do segundo tempo. Zé Alcino fez grande jogada pela e chutou cruzado. O goleiro defendeu e, no rebote, Maurício escorou para André Silva, que marcou o gol.
Aos 35, Ovelar recebeu lançamento dentro da área, dominou e marcou na saída de Danrlei. Mais uma vez, o jogador estava impedido. Por reclamação, Rivarola foi expulso, e o Grêmio terminou o jogo com 10 jogadores.
No jogo de volta, o Grêmio devolveu os 2 a 1 no Olímpico e passou de fase nos pênaltis.
2007 - Cerro Porteño 0 x 1 Grêmio (fase de grupos)
Depois de um período conturbado após o segundo rebaixamento em 2004, o clube ressurgiu com força no cenário sul-americano em 2007. Retornou à Libertadores devido a uma campanha espetacular no Campeonato Brasileiro 2006, em que um time com base da Série B de 2005 conseguiu o terceiro lugar na competição e a vaga para o torneio sul-americano, que não disputava desde 2003.
Na estreia da competição, a equipe gremista foi até o Paraguai para enfrentar o Cerro Porteño. O único gol do jogo foi marcado por Lucas Leiva.
De primeira, após a defesa afastar, o volante arrematou de primeira e venceu o goleiro, ajudando a equipe treinada por Mano Menezes a começar a campanha do vice-campeonato com o pé direito. O outro nome do jogo foi o goleiro argentino Sebastián Saja, que pegou um pênalti no fim segundo tempo e evitou o empate.
2017 - Guaraní -PAR 1 x 1 Grêmio (fase de grupos)
Com um a menos, o Grêmio arrancou um empate precioso com o Guaraní, em Assunção, na campanha que terminaria com a conquista do tricampeonato. Poupando nove titulares por conta da semifinal do Gauchão, o time de Renato Portaluppi manteve a liderança do Grupo 8 da Libertadores com o 1 a 1 no Defensores del Chaco, que teve gols de López e Pedro Rocha.
O treinador, que levou 27 jogadores a Assunção, escalou apenas dois titulares, Marcelo Grohe e Edílson, em uma equipe repleta de reservas contra o Guaraní. À exceção de Pedro Rocha, que ficou no banco, os outros assistiram ao jogo dos camarotes.
Com a entrada de Pedro Rocha no lugar de Lincoln, no segundo tempo, o Grêmio ganhou maior poder ofensivo. Sua estrela brilhou aos 33 minutos. Arthur, na época ainda reserva, lançou na medida para Rocha, que, de sem-pulo, mandou no contrapé de Aguilar e marcou um belo gol.