Uma partida de dois tempos completamente distintos. Assim o técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, definiu o empate com o América-MG, neste sábado, em Belo Horizonte.
— No vestiário, tive que jogar uma água gelada na cabeça deles e tocar um sininho para eles acordarem - disse o técnico gremista com seu senso de humor característico.
Renato, no entanto, não deixou de lembrar que se viu obrigado a colocar em campo um time completamente reserva, devido à proximidade com a viagem para a Argentina, onde o Grêmio enfrenta o River Plate na terça-feira (23), pela semifinal da Libertadores.
— As duas equipes buscaram a vitória. O América foi melhor nos 45 minutos inicias. Depois conversei com meu grupo e dominamos o segundo tempo. Mas a obrigação maior foi do América, pois o Grêmio estava com uma equipe diferente.
A preservação dos titulares não é uma novidade na vida gremista neste Brasileirão. O fato faz com que o clube marque passos e fique cada vez mais longe do líder Palmeiras, que joga neste domingo contra o Ceará em São Paulo e pode aumentar ainda mais a distância que é de sete pontos. Mesmo assim, Renato não atira a toalha pelo título nacional.
— Matematicamente, temos chances. O Grêmio pensa no título. Está difícil, mas não está impossível. É que estamos na Libertadores e fica difícil jogar com a mesma equipe. Mas não tiramos o foco do Brasileiro, não. Temos que buscar o máximo de pontos para brigar pelo título, ou por uma vaga entre os quatro primeiros para a Libertadores - concluiu.