Antes de começar o Gre-Nal, a previsão entre os gremistas não era lá das mais otimistas. Sem Everton e Kannemann, desfalques já conhecidos previamente, a situação era tensa. Quando veio a notícia que Maicon não jogaria, a coisa ficou ainda mais enroscada.
Com o time completo, enfrentar o Inter, em um Beira-Rio lotado, sendo que o coirmão é líder do campeonato (com merecimento), não é tarefa das mais simples. Nunca foi, aliás, em mais de 100 anos de clássicos. Sem três dos principais jogadores, então, fica ainda mais complicado.
Para piorar nossa situação, os dois jogadores que poderiam resolver o jogo pelo Grêmio (e que ganham MUITO bem para isso, Luan e André) foram patéticos. É inadmissível que Luan tenha a atuação medíocre que teve neste domingo. E André, nem se fala.
Em um jogo de pouca qualidade, bem pouca,aliás, ganhou o time que foi mais efetivo, e com muito mérito. Após um primeiro tempo de chances quase nulas, Edenilson aproveitou a falha de Bressan (times grandes sempre pagarão o preço de manterem jogadores ruins no grupo. Como diz o Guerrinha: o ruim nunca machuca, ele está sempre disponível para entrar).
Mas a derrota não passa apenas por ele, por Luan e por André. Passa pelo time burocrático que o Grêmio virou, que toca, toca a bola e não consegue transformar isso em gols. E, claro, passa pelo time efetivo que o Inter montou, que não leva gols e que tem alguns bons jogadores.
E, ao final, o mesmo discurso (cansativo) de Renato, falando que o Grêmio foi melhor, bla bla, criou mais e sei lá mais o quê. Ora, qual o problema de reconhecer que o Inter foi mais efetivo e mereceu a vitória?
Renato, assim como Odair e os presidentes de Inter e Grêmio, tem um cargo importante, e suas declarações são importantes neste momento. Gostaria, em momentos pós-derrota, que Renato assumisse um discurso humilde.
Em tempos difíceis, acho que um discurso no sentido de "baixar armas" por parte de Renato poderia ajudar a torcida a também levar mais na boa uma simples derrota em um clássico. Que nada mais é que futebol, não é?
Ou alguém que esteja lendo este texto acha que futebol (ou qualquer outra coisa) justifique qualquer tipo de violência? Se sim, não me importo que não leia este texto até o fim. Aliás, quem acha que violência é solução para alguma coisa nem deveria estar lendo este texto.