Por Cléber Grabauska e Raphael Gomes
No próximo sábado, o Grêmio enfrenta o Real Madrid no Zayed Sports City, em Abu Dhabi, na final do Mundial de Clubes. Em busca do bicampeonato, o tricampeão da Libertadores enfrentará o campeão da Champions League comandado pelo multicampeão Zidane. Emerson, ex-volante dos dois times, admite a superioridade da equipe espanhola, mas salientou que a fórmula do confronto pode favorecer os gaúchos.
– Se tratando de um jogo só, o Grêmio tem chances. Da mesma forma que o Al Jazira surpreendeu (o Real), o Grêmio também pode. No futebol, às vezes a lógica não acontece. Se trata de um jogo só onde tudo pode acontecer. O Grêmio tem algumas peças que podem decidir. Uma pena que o Arthur não está fazendo parte deste time, é um menino com muita personalidade. Ele estava sendo um dos melhores do Grêmio na temporada, senão o melhor. Eu acredito que não vai ser fácil – falou o ex-atleta em entrevista ao GaúchaZH.
Como jogador, Emerson conquistou o Mundial em 2007, quando estava no Milan. Na época, os italianos venceram o Boca Juniors por 4 a 2 e, mesmo assim, o então camisa 5 disse que os sul-americanos valorizavam muito mais a competição.
– São duas realidades diferentes. Eu joguei uma final representando o Milan contra o Boca e as equipes vivenciam este Mundial de uma maneira diferente. Os europeus querem ganhar, é sempre um título, mas os brasileiros querem muito mais. São realidades diferentes. É muito difícil fazer comparações – relembrou.
Fora de campo, outro duelo que chama a atenção: Renato Portaluppi x Zidane. Os dois técnicos são ídolos e conquistaram títulos importantíssimos como atletas. Guardadas as devidas proporções, quem é mais importante para o seu time, dentro e fora de campo?
– São dois ídolos que estão fazendo história nos seus clubes. Cada um, dentro das suas possibilidades, está tentando fazer história agora como treinador – falou.