A pressão não foi pequena. Durante a entrevista coletiva desta terça-feira, a última antes da decisão da Libertadores, Renato Portaluppi foi questionado pelos jornalistas sobre a estratégia que pretende adotar contra o Lanús, nesta quarta (29), no Estádio La Fortaleza.
O técnico esquivou-se de todas as formas e praticamente não deu pistas. Numa das respostas, contudo, deixou claro que, na prática, a vantagem obtida na Arena só será levada em conta, se necessário, nos minutos finais do jogo.
— A melhor defesa é o ataque. Não é porque temos esta pequena vantagem que vamos nos acomodar. O regulamento vai entrar em ação na hora certa — prometeu.
Na mesma resposta, ao perceber que poderia dizer coisas que poderiam favorecer o adversário, fez um breve recuo:
— Se eu fizer comentários em cima da tua pergunta, vou falar coisas que não devo, que vão auxiliar o adversário. Mas o Grêmio não veio à Argentina para se defender.
Por instantes, Renato perdeu a paciência diante do ruído que vinha da sala ao lado e ameaçou parar de falar. Depois, retomou a entrevista e respondeu, de novo com cuidados, sobre a postura que seu time deverá adotar em campo.
— Domingo de manhã, fechei os portões e treinei minha equipe para isso. O time sabe como se comportar. Já falei que o Grêmio tem sua maneira de jogar. Mas, uma coisa é certa: vamos jogar para ganhar — prometeu.
Renato elogiou o adversário, mas, claro, não deixou de valorizar o trabalho desenvolvido pelo Grêmio ao longo de toda a Libertadores.
— Se chegamos, foi por méritos. É uma decisão, tudo pode acontecer. Do outro lado, temos um adversário difícil, muito bem treinador. Mas nossa confiança é total. Preparamos este grupo para dar uma volta olímpica este ano — ressaltou.