O vice-prefeito de Caxias do Sul Edio Elói Frizzo (PSB) é mais uma autoridade municipal a defender a realização do Gre-Nal 425 na cidade. A argumentação dele, no entanto, atribui à gestão estadual a autorização da disputa do Gauchão e aos clubes a viabilização através dos protocolos sanitários. A declaração foi divulgada pela prefeitura nesta segunda-feira (20).
— Quem liberou o Campeonato Gaúcho foi o governador, não o prefeito de Caxias. Se no entendimento do Estado o campeonato pode ocorrer durante a bandeira vermelha, é este o entendimento que estamos cumprindo. Estamos sendo extremamente legalistas, do ponto de vista daquilo que se entende como legislação — ressaltou Frizzo, complementando:
— Não vemos problema nenhum na realização do Gre-Nal no Estádio Centenário, desde que respeitados os protocolos e esquemas de segurança obrigatórios. Seria contraditório liberar o Ca-Ju e não liberar o Gre-Nal.
O vice-prefeito ainda compara a segurança dos protocolos da Dupla ao movimento de pessoas que não respeitam as regras do distanciamento social nos espaços públicos:
— Entendemos que o Gre-Nal é menos prejudicial do que um parque lotado no final de semana, por exemplo, onde as pessoas ficam convivendo e trocando abraços, enquanto no clássico os protocolos serão cumpridos.
Inter e Grêmio somam nove profissionais contaminados, entre jogadores e funcionários. O Colorado realizou a última rodada de testes antes do clássico nesta segunda-feira (20). Os resultados serão conhecidos na terça-feira, dia da viagem para a Serra.
Também nesta segunda, o secretário de Saúde de Caxias do Sul defendeu a realização do jogo na cidade. Jorge Castro, no entanto, faz uma reflexão sobre a mensagem que as autoridades passam para a população com a volta das partidas, argumento do prefeito de Porto Alegre para vetar a disputa na Capital:
— Não houve, realmente, um entendimento técnico. Ninguém disse "nós não vamos fazer os jogos no município por essa e por essa razão sanitária". Se for ver a fala do prefeito de Porto Alegre (Nelson Marchesan Jr.), ele diz que é uma questão moral. Aqui em Caxias, nós temos condições sanitárias de fornecer o campo para eles jogarem. É isso. É uma atividade econômica, como qualquer outra.