Destaque na partida contra o Grêmio, o goleiro Marcelo Pitol se prepara para outra batalha no final de semana. Quis o sorteio do campeonato que a sequência do Caxias tivesse Grêmio e Inter. Sábado, prevê uma noite de muito trabalho no Beira-Rio. Mesmo assim, nesta entrevista, demonstra otimismo com o futuro do time da Serra no Gauchão.
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Como avalias este início do campeonato?
Foi bom. Era uma sequência difícil, estreando fora de casa contra o Novo Hamburgo e depois enfrentando a dupla Gre-Nal. O Gauchão é um campeonato rápido e difícil, temo que estar atentos a todos os detalhes, jogar sempre decisão.
Quando um time volta da segunda divisão, sempre é apontado como candidato a cair. É o caso do Caxias?
Tirando os grandes clubes, que têm uma condição financeira melhor, tem um equilíbrio em tudo. Por isso, falei dos detalhes e da determinação em vencer para fazer a diferença. Mas, respeitando a todos, o Caxias é um dos grandes clubes do RS, tem uma torcida apaixonada. Claro que o primeiro objetivo é escapar do rebaixamento, mas podemos mais do que isso.
Onde achas que o Caxias pode chegar?
Acho que podemos sonhar grande. Nosso objetivo principal é buscar uma vaga nas competições nacionais (Copa do Brasil e Série D do ano que vem), mas por que não sonhar em algo maior? Por que não sonhar com o título? Somos um clube enorme, um grupo fechado, com parceria e respeito muito grande entre todos, contamos com um ótimo treinador (Luiz Carlos Winck), um dos melhores do Rio Grande do Sul, com carreira em ascensão para crescer no cenário nacional. Temos condições de buscar mais.
O Novo Hamburgo é a inspiração para derrotar o Inter?
Sem dúvida, o Winck já está nos passando vídeos e orientações para conseguirmos fazer uma partida boa, equilibrada no Beira-Rio. Vai ser um jogo diferente, até porque o Inter está pressionado pelo mau resultado na última rodada, então dificulta ainda mais o nosso trabalho.
E para a tua carreira, o que ainda pensas?
Completo 35 anos em abril, quero jogar mais umas três ou quatro temporadas. A realidade mostra que é possível um goleiro mais velho atuar em alto nível. O Fernando Prass, que jogou comigo no Grêmio, é o maior desses exemplos, chegou até mesmo a vestir a camisa da Seleção. É um cara que se cuida, treina muito, um espelho para todos. Aqui no Caxias, com o (preparador de goleiros) Gilmar Silva, tento repetir o Prass, com trabalho intenso, cuidado e dedicação.