Depois de o colunista Diogo Olivier contar a história dos amigos Baiano e Sarará - um camelô e um guardador de carros, um colorado e um gremista -, que vivem a poucos metros do estádio, na Vila Farrapos, mas jamais teriam dinheiro para assistir ao Gre-Nal, a Arena Porto-Alegrense decidiu presenteá-los com duas cortesias. Na torcida mista, claro.
- Cara, se eu morrer agora, morro feliz - emocionou-se Rogério Thomé da Silva, o Sarará, 59 anos. - Mas, antes, seria legal ser campeão gaúcho.
- É muito louco: olha os jogadores, estão muito perto! Um chute mais forte, e a bola dá na nossa cara! - surpreendia-se Antônio Rodrigues da Silva, 65, o popular Baiano.
Sarará saiu meia hora antes do fim do jogo. Não queria, estava adorando, mas precisava guardar uns carrinhos para garantir o sustento da casa.
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