O Brasil conquistou o hexacampeonato mundial de futsal neste domingo (6) ao derrotar a Argentina na final por 2 a 1. A festa em verde, amarelo e azul tomou conta da Humo Arena, em Tashkent, capital do Uzbequistão.
Na sua segunda Copa do Mundo, o técnico Marquinhos Xavier devolveu a taça ao Brasil após 12 anos. O último título havia sido conquistado em 2012.
O ex-treinador da ACBF, de Carlos Barbosa, assumiu a seleção brasileira em julho de 2017. Pouco menos de um ano antes, o país havia sido eliminado nas oitavas de final da Copa de 2016, diante do Irã. Foi preciso reconstruir um time que já não podia mais contar com o ídolo Falcão, bicampeão mundial, que se encaminhava para o final da carreira.
Na comemoração do hexa, Marquinhos Xavier deixou um recado à população brasileira.
— Teve muita inspiração e transpiração. Viemos aqui para plantar palavras de otimismo, aproximar o nosso povo. Somos hexacampeões no futsal. E vamos ajudar o futebol com mais otimismo. Eu sei que eles também precisam fazer a parte deles, mas vamos ajudar. Vamos voltar a ser um povo unido. Aqui fora, respeitam tanto a gente. Eu não sei porque esse ódio todo. O mais importante é que a gente siga unido. Isso foi a tônica dessa seleção, que elevou essa bandeira ao lugar mais alto do mundo novamente. Antes da final, eu já me sentia campeão porque a gente conseguiu fazer muita coisa — afirmou Marquinhos Xavier.
O goleiro Willian, eleito o melhor da posição na Copa do Mundo do Uzbequistão, ressaltou a humildade dos companheiros. Emocionado, ele desabafou após a vitória.
— É muito difícil estar jogando na frente do Guitta porque ele é um dos melhores (goleiros) da hitória. Ele e o Roncaglio foram de uma humildade gigantesca de poder me dar suporte em uma Copa do Mundo. Sinceramente, todo mundo achava que o Guitta jogaria essa Copa do Mundo, pela qualidade dele. O Marquinhos acabou me escolhendo. É muito difícil ser goleiro da seleção brasileira — comentou Willian, também eleito o melhor goleiro do mundo pela revista digital Futsal Planet pela temporada de 2023, em premiação chancelada pela Fifa.
O primeiro gol da final saiu dos pés de Ferrão. O pivô sofreu uma lesão no tendão de Aquiles que o afastou das quadras por oito meses há cerca de um ano da Copa. O atleta foi um dos que estava na Copa do Mundo, na Lituânia, em 2021, quando o Brasil caiu na semifinal.
— É uma felicidade monstra poder fazer parte desse grupo. Há um ano, eu tive uma lesão, já pensando nesse momento, em que sempre sonhei. Tivemos contratempos aqui, lesões. Antes da Copa, tive outra pequena lesão muscular. Contra o Marrocos, de novo. A gente sonha em representar o Brasil. Isso não tem preço. O Brasil está de novo onde sempre mereceu estar — afirmou.
O Brasil também conquistou a Copa do Mundo de Futsal em 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012.
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