A Seleção Brasileira não conseguiu derrotar as maiores campeãs do mundo na final da Copa Ouro. Em uma decisão disputadíssima, no Estádio Snapdragon, na Califórnia, o Brasil perdeu por 1 a 0 para os Estados Unidos e ficou com o vice da competição. O único gol do jogo foi marcado por Horan, no primeiro tempo.
De toda forma, a equipe brasileira se despede da Copa Ouro com pontos positivos a exaltar. Ao longo de seis jogos, a Seleção buscou cinco vitórias (com triunfos sobre Colômbia e México, por exemplo). O problema defensivo também foi parcialmente corrigido, com apenas dois gols sofridos. Enquanto o ataque marcou em 15 oportunidades.
Agora, o Brasil segue na preparação para os Jogos Olímpicos, que se iniciam em julho. Há, ainda, a expectativa de disputa de mais uma competição preparatória antes de viajar a Paris.
Neste domingo (10), o técnico Arthur Elias teve de fazer duas substituições forçadas para enfrentar os Estados Unidos. A zagueira Rafaelle, com uma fratura no pé esquerdo, e a volante Ary Borges, com uma lesão no tornozelo esquerdo, ficaram de fora da partida. Além delas, a atacante Debinha, de atuação apagada durante a Copa Ouro, foi para o banco de reservas. Com isso, Thais, Gabi Portilho e Gabi Nunes ganharam oportunidade entre as titulares.
Com isso, a Seleção Brasileira iniciou a partida com Luciana; Thais, Tarciane, Antonia e Yasmim; Adriana, Duda Sampaio, Duda Santos e Bia Zaneratto; Gabi Portilho e Gabi Nunes.
Com 100% de aproveitamento, o Brasil começou melhor, pressionando as norte americanas. A primeira grande chance veio aos 10 minutos, com Duda Sampaio. Em falta próxima à área, a meia do Corinthians arriscou direto para o gol. A bola passou tão próxima da rede, que enganou o técnico Arthur Elias, que chegou a comemorar na beira do gramado.
Dez minutos depois, mais uma grande oportunidade de uma atleta do Corinthians. Após receber às costas da defesa, Gabi Portilho chutou de primeira, da ponta esquerda, tirando tinta do travessão.
Os Estados Unidos exigiram a primeira interceptação de Luciana aos 30 minutos. Alex Morgan venceu Tarciane e Antonia na corrida, mas antes que a atacante pudesse finalizar, a goleira do Brasil se antecipou para ficar com a bola e afastar qualquer perigo.
Já nos acréscimos do primeiro tempo, a Seleção Brasileirão não conseguiu parar as norte americanas. Após cruzamento de Emily Fox à área, Lindsey Horan subiu mais alto do que Antonia e Gabi Portilho e conseguiu o cabeceio. A bola morreu no canto esquerdo de Luciana, que nada pode fazer para impedir o primeiro gol dos Estados Unidos.
Sem conseguir repetir os minutos iniciais do jogo, em que pressionou as adversárias, o técnico Arthur Elias prometeu a primeira troca aos 11 minutos da segunda etapa. Yayá entrou no lugar de Duda Santos, para alterar o meio de campo do Brasil. Na sequência, aos 20, foi a vez de Geyse entrar na vaga de Gabi Nunes, como uma novidade no ataque da Seleção.
Com as mudanças, o Brasil tentava levar algum perigo ao gol estadunidense. As melhores chances vieram em cabeceio de Adriana, afastado pela defesa, e cobrança de falta de Yasmim, que parou na goleira Naeher. Com a vantagem, as adversárias se fechavam para impedir que o time de Arthur Elias gostasse da partida e conseguisse criar oportunidades claras.
Quando o Brasil já partia para o tudo ou nada e insistia, de todas as formas, em igualar o placar, os Estados Unidos voltaram a balançar as redes. Aos 33 minutos, a defesa se atrapalhou e Lynn Williams ficou livre para finalizar, cara a cara com Luciana. Sem titubear, ela mandou rasteiro no canto esquerdo da goleira brasileira. Por sorte, a atacante estava adiantada e a arbitragem assinalou impedimento.
Após o susto, e com o final do jogo se aproximando, Arthur Elias fez suas últimas trocas: Julia Bianchi e Debinha entraram em campo nos lugares de Duda Sampaio e Bia Zaneratto. Era a última tentativa de buscar o empate e forçar uma decisão na prorrogação.
Aos 40 do segundo tempo, o Brasil quase buscou o tão sonhado gol. Em jogada ensaiada pela esquerda, Debinha mandou à área e Geyse conseguiu o desvio, mas mandou para fora. Quanto mais próximo o apito final, mais afobada a Seleção ficava. O nervosismo, portanto, impedia chances claras de gol.
No último minuto do tempo regulamentar, a última esperança. Em falta frontal, Debinha teve a oportunidade de deixar tudo igual. Mas sem sucesso. A atacante bateu muito forte, e mandou direto para fora.
Com isso, a vitória norte americana acabou prevalecendo. E a Seleção ficou com o vice da Copa Ouro.