A Copa do Mundo de 2023 não tinha como ser mais histórica. De recordes de público a campeã inédita, tudo corrobora para o Mundial da Austrália e da Nova Zelândia ser marcante. O último capítulo, e mais importante, ocorre neste domingo (20), às 7h, no Estádio Olímpico de Sydney, na Austrália. Espanha e Inglaterra disputam o título.
De um lado, está a seleção inglesa comandada pela melhor técnica do mundo, Sarina Wiegman. Desde o início da competição, as campeãs da Euro eram cotadas como favoritas. E, agora, contarão com o protagonismo de Lauren James para buscar a taça.
Com 21 anos, a meia chegou à Copa do Mundo com grande expectativa depois de conquistar a Women's Super League e a FA Women's Cup pelo Chelsea, na última temporada. Foram oito gols e cinco assistências nos 33 jogos que disputou. Ainda jovem, a atleta participa de seu primeiro Mundial.
Na fase inicial, a meia pôde confirmar as expectativas com três gols e três assistências em quatro jogos. O problema é que, na fase mais decisiva da competição, desfalcou a seleção inglesa. Durante as oitavas de final, uma falta na nigeriana Michelle Alozie gerou sua expulsão, que a tiraria apenas das quartas. A gravidade do ato, um pisão nas costas da adversária, fez com que o lance foi revisto pela Fifa, acarretando mais uma partida de suspensão.
Com isso, Lauren James voltará a ficar à disposição apenas no jogo mais importante da seleção inglesa. Junto das atacantes Alessia Russo e Lauren Hemp, que chamaram a responsabilidade em sua ausência, é a esperança para furar a defesa espanhola e garantir o título inédito. Atrás, para parar o ataque mais efetivo do Mundial, a Inglaterra contará com a melhor goleira do mundo, Mary Earps.
Do outro lado estará a seleção espanhola, da melhor jogadora do mundo, Alexia Putellas. Sem favoritismo, a Espanha chegou à decisão com o ataque como principal destaque. Ao longo de seis jogos, foram 17 gols marcados — média de 2,8 gols por jogo.
A surpresa é que, em um elenco com grandes estrelas, como a meia Aitana Bonmatí, do Barcelona, e a atacante Esther González, do Real Madrid, o destaque tem sido uma jovem de 19 anos: Salma Paralluelo.
Revelação na Copa, a atacante chega à final buscando seu terceiro título mundial pela seleção principal. Nas últimas temporadas, foi protagonista nas conquistas das categorias sub-17 (2018) e sub-20 (2020). Agora, o sonho é por repetir o desfecho com o elenco adulto, que busca a taça inédita.
Na campanha que levou a Espanha à final, foi decisiva. Durante as quartas de final, saiu do banco de reservas para marcar o gol da classificação, na prorrogação. O 2 a 1 sobre o Holanda garantiu o avanço sem necessidade de pênaltis. Depois, pôde repetir a dose nas semifinais. Substituindo a melhor do mundo, Alexia Putellas, abriu o placar para a Espanha, na vitória por 2 a 1 sobre a Suécia.
Agora, a expectativa é que volte a brilhar na grande decisão. A velocidade e a habilidade da jovem espanhola podem ser armas do técnico Jorge Vilda para passar pela forte defesa inglesa, que sofreu apenas três gols em seis jogos.