O objetivo parece muito próximo. Depois de passar por duas fases com 100% de aproveitamento, o Juventude terá pela frente o maior desafio da temporada. O duelo com o Pinda-SP será definitivo para as pretensões alviverdes. Se passar, estará na Série A-2 do Brasileirão Feminino. Se for eliminado, voltará todas suas atenções para o Gauchão, onde terá de confirmar novamente a vaga à competição nacional. Os primeiros 90 minutos serão disputados neste domingo (21), às 15h, em Pindamonhangaba.
— Creio que vai ser um jogo bem difícil, até porque, nesta etapa do campeonato, já não tem mais nenhum time "bobo". Então, vai ser uma partida bem difícil, em que o físico e o mental vão contar muito, mas acreditamos no nosso time. Temos de estar sempre pensando positivo e o resultado vai vir — avalia a volante Alice, que chegou ao Ju nesta temporada.
Com 20 anos, Alice desembarcou em Caxias do Sul em fevereiro, após passagem pelo Fluminense. Rapidamente, tornou-se titular de Luciano Brandalise no sub-20 e na Série A-3. Agora, sua regularidade é uma das apostas alviverdes na busca pelo acesso — que seria o primeiro do Interior gaúcho no futebol feminino.
— Acho que vai ser algo histórico. Só de pensar dá um sentimento de muita felicidade e, com o acesso, vamos ter mais visibilidade, mais apoio do clube e novas portas que irão se abrir —vislumbra.
O Ju chega para o embate com confiança. É um dos únicos clubes que conseguiu garantir os 100% de aproveitamento na competição — o outro é o Mixto-MT. São quatro vitórias, 12 gols marcados e apenas dois sofridos.
— A gente vem de uma sequência muito boa, marcando vários gols, sofrendo poucos. Então, também conta o nosso trabalho em equipe, uma sempre confiando na outra, e sempre falamos isso antes de entrar em campo, que o resultado vai vir — afirma.
Para buscar o acesso, o Juventude poderá contar com o torcedor no jogo decisivo. A segunda partida, marcada para 27 de maio, ocorrerá no Alfredo Jaconi, às 15h. No estádio, o Alviverde tem 100% de aproveitamento desde a reabertura do departamento. Contra o Toledo, foram 436 jaconeros apoiando as gurias. O segundo maior público do futebol feminino gaúcho em 2023.
— É muito importante ter o apoio da torcida, jogar em casa, no Jaconi. É um sentimento sem igual. O torcedor vai botar a gente mais para cima, para jogar com garra, com vontade — diz a volante.
É o capítulo mais importante da recente história do futebol feminino do Ju, que teve o departamento reaberto em 2021.
