A Federação de Futebol da Alemanha (DFB) planeja acionar a Fifa no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) após a proibição do uso da braçadeira pró-LGBT+ na partida entre as seleções alemã e japonesa, nesta quarta-feira (23). A polêmica em questão vem sendo pautada durante a Copa do Mundo 2022.
Segundo o presidente da federação, Bernd Neuendorf, uma reunião para tratar do assunto será realizada nesta quinta-feira (24), juntamente com outros seis representantes de países que também tiveram o uso da braçadeira vetada (Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça).
Os alemães, ingleses e dinamarqueses relataram que deixaram de orientar os capitães de suas equipes a utilizarem a braçadeira depois que a entidade futebolística afirmou que punições seriam impostas caso a decisão fosse desobedecida.
Por conta das restrições impostas pela Fifa, os jogadores da Alemanha posaram com as mãos sobre as bocas na foto oficial que antecede a partida. O gesto foi uma crítica à ameaça de sanções esportivas e financeiras, como cartão durante a jogadores e multa a federações. As sanções foram citadas para a equipe que utilizasse a faixa de capitão do movimento "One Love" em jogos da Copa.
A faixa branca traz o lema “um amor”, em inglês, e surgiu em 2020, na Holanda. As palavras estão escritas embaixo das cores da bandeira que representa a luta de reconhecimento da comunidade LGBT+, liberdade garantida pela declaração de Direitos Humanos.
Apesar da proibição, a braçadeira foi utilizada pela ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, que esteve ao lado de autoridades do Catar e do presidente da Fifa, Gianni Infantino, no estádio Khalifa, local em que o confronto aconteceu.
Outras autoridades repudiaram a atitude da entidade máxima do futebol. O porta-voz do governo da Alemanha, Steffen Hebestreit, afirma que o órgão considera o veto "muito lamentável".