O governo da Alemanha considera a proibição da Fifa das braçadeiras 'One love' contra a discriminação LGBT+ "muito lamentável", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, nesta quarta-feira (23).
— Os direitos da comunidade LGBT+ não são negociáveis — declarou Hebestreit, em coletiva de imprensa regular do governo alemão, poucas horas antes do primeiro jogo da Alemanha contra o Japão, pela Copa do Mundo no Catar. Antes do apito inicial, jogadores posaram para a foto oficial do duelo com a mão cobrindo a boca, em alusão a censura da Fifa.
— Vemos que aparentemente não é possível, no âmbito desta Copa do Mundo, se posicionar ou exibir um símbolo de compromisso (com esta causa). Continua sendo importante nos comprometermos com nossos valores — acrescentou Hebestreit.
Em entrevista à televisão na terça-feira à noite, o vice-chanceler alemão, Robert Habeck, encorajou os jogadores da Alemanha a usarem a braçadeira "One love", apesar da proibição da Fifa. A federação internacional ameaçou, segundo várias federações nacionais, aplicar "sanções esportivas" aos capitães que usarem essa braçadeira.
Diante das ameaças, Inglaterra, Alemanha e outras cinco seleções europeias desistiram de usar as braçadeiras inspiradas na bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT+.