França e Croácia decidem a Copa do Mundo no domingo (15), em Moscou. Ao longo dos 88 anos de história, a decisão se consolidou como o jogo mais importante do futebol mundial. São inúmeras histórias, curiosidades e recordes que definiram os campeões e astros do esporte.
Antes da 21ª edição da final, GaúchaZH conta 21 fatos sobre a decisão:
1. A Croácia é a primeira nação da antiga Iugoslávia a chegar a uma final de Copa do Mundo. Os outros países hoje independentes são Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Montenegro, Sérvia, Eslovênia e Kosovo. Em 2006, o último resquício unido da antiga Iugoslávia jogou a Copa como Sérvia e Montenegro e foi eliminada ainda na fase de grupos. Como um país só, a Iugoslávia chegou às semifinais duas vezes e ficou em quarto lugar em 1930 e 1962. A última participação terminou na eliminação nas oitavas de final em 1998. Entre os novos países, a melhor campanha havia sido exatamente o terceiro lugar da Croácia em 1998.
2. Até 1998, a França nunca havia chegado a uma final de Copa. Domingo, jogará a terceira nos últimos 20 anos. Na Copa em que sediou, foi a campeã ao golear o Brasil na decisão por 3 a 0. Em 2006, na Alemanha, empatou com a Itália em 1 a 1 e ficou com o vice-campeonato nos pênaltis. Em 2018, chega à primeira final sem Zidane no grupo.
3. O Estádio Luzhniki, em Moscou, será o 19° palco a receber uma final de Copa. Até hoje, apenas o Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Estádio Azteca, na Cidade do México, já receberam mais de uma final.
4. O domínio europeu nas Copas do Mundo foi ressaltado na Rússia. A final entre franceses e croatas será a nona na história que envolve apenas seleções do Velho Continente. Por outro lado, só dois Mundiais não tiveram europeus na decisão: 1930 (Uruguai venceu a Argentina) e 1950 (que não tinha uma final teoricamente, mas o jogo decisivo do quadrangular final foi entre Uruguai e Brasil).
5. Se o Luzhniki estiver lotado no domingo, será a 10ª final de Copa com o maior público da história, com 78.360 pessoas. O recorde pertence ao Brasil. Em 1950, a decisão em que o Uruguai levou a melhor teve um público estimado de 199.854 pessoas no Maracanã, segundo dados oficiais.
6. Até hoje, já foram marcados 71 gols em finais de Copa do Mundo (média de 3,55 gols por jogo). A final com mais gols foi em 1958, quando o Brasil goleou a Suécia por 5 a 2. Só houve um 0 a 0, em 1994, quando a Seleção Brasileira precisou dos pênaltis para derrotar a Itália.
7. Quatro seleções já chegaram à final da Copa, mas nunca conquistaram o título. A Holanda é a recordista, com três vice-campeonatos (1974, 1978 e 2010). Tchecoslováquia (1934 e 1962), Hungria (1938 e 1954) e Suécia (1958) são os outros — grupo que a Croácia pode entrar se perder a decisão de domingo.
8. A Alemanha é a maior finalista da história das Copas, com oito aparições. São quatro títulos (1954, 1974, 1990 e 2014) e quatro vice-campeonatos (1966, 1982, 1986 e 2002). O Brasil é o segundo em aparições, com sete, mas é o maior campeão (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e tem dois vice-campeonatos (1950 e 1998).
9. Na primeira final de Copa do Mundo, em 1930, não havia uma bola oficial da competição. Argentinos e uruguaios não entraram em acordo e, por isso, cada tempo foi jogado com uma bola diferente. No fim das contas, o Uruguai venceu a Argentina por 4 a 2.
10. A final da Copa de 1990, entre Alemanha Ocidental e Argentina, teve direito a uma gafe do árbitro mexicano Edgardo Codesal. Ele esqueceu de olhar no relógio e deixou o primeiro tempo rolar até os 53 minutos. Para a sorte do juiz, não houve nenhum gol no período extra. A Alemanha marcou o gol do título aos 40 minutos do segundo tempo.
11. A final da Copa do Mundo de 1970 foi a primeira que envolveu duas seleções que já tinham títulos mundiais. A Seleção Brasileira venceu a Itália por 4 a 1 e ficou com o tricampeonato.
12. Até hoje, cinco finais terminaram na prorrogação: 1934 (Itália 2x1 Tchecoslováquia), 1966 (Itália 4x2 Alemanha Ocidental), 1978 (Argentina 3x1 Holanda), 2010 (Espanha 1x0 Holanda) e 2014 (Alemanha 1x0 Argentina). Se a final de domingo for para o tempo extra, seria a primeira sequência de três finais seguidas com prorrogação na história das Copas.
13. Apenas duas finais de Copa terminaram na decisão por pênaltis. Em 1994, o Brasil venceu a Itália por 3 a 2 depois de um empate sem gols. Em 2006, os italianos levaram a melhor sobre a França, por 5 a 3, depois de um empate em 1 a 1 nos 120 minutos.
14. A final mais recorrente é entre Alemanha e Argentina. Os argentinos levaram a melhor em 1986, enquanto os alemães ficaram com o título em 1990 e 2014.
15. O campeão com o pior desempenho na história foi a Itália, em 1982. A seleção italiana chegou ao título com quatro vitórias e três empates, aproveitamento de 71,4%.
16. A Argentina foi a finalista com o pior desempenho. Chegou à decisão de 1990 com apenas duas vitórias, três empates e uma derrota. Na decisão, perdeu outra vez — 1 a 0 para a Alemanha Ocidental. A seleção argentina daquele ano também foi a finalista com o pior ataque, fazendo apenas cinco gols no Mundial.
17. A Croácia é a primeira seleção da história das Copas a chegar à final tendo passado por três prorrogações durante a campanha. Precisou dos pênaltis para eliminar a Dinamarca nas oitavas e a Rússia nas quartas. Nas semifinais, venceu a Inglaterra no tempo extra. Como consequência, a Croácia esteve em campo por 90 minutos a mais do que a rival França.
18. A Espanha de 2010 ficou conhecida pelo toque de bola no meio-campo, mas não exatamente por ter ataque eficiente. Com apenas oito gols marcados, foi a campeã com o pior ataque na história das Copas. Contudo, sofreu apenas dois gols e igualou a marca de campeã com melhor defesa com a França de 1998 e a Itália de 2006. A campanha espanhola incluiu quatro vitórias por 1 a 0.
19. Pelé é o jogador com mais títulos mundiais: três (1958, 1962 e 1970). Ele é também o mais jovem a ter entrado em campo em uma decisão, com 17 anos e 249 dias. Mas, como Pelé não jogou a final de 1962 por estar lesionado, Cafu (1994, 1998 e 2002) é o único que entrou em campo em três decisões. Foi campeão em 1994 e 2002, mas ficou com o vice em 1998.
20. Luis Monti é o único jogador que disputou finais por seleções diferentes — e vai manter o feito eternamente, a menos que a Fifa mude as regras novamente, já que as leis atuais do futebol não permitem mais defender duas seleções diferentes. Monti foi vice-campeão pela Argentina em 1930 e foi campeão em 1934 pela Itália.
21. Os artilheiros da história das finais de Copas são Pelé, Vavá, Hurst e Zidane. Cada um marcou três vezes em decisões. Só quatro jogadores fizeram gols em mais de uma final: Pelé (1958 e 1970), Vavá (1958 e 1962), Breitner (1974 e 1982) e Zidane (1998 e 2006). Nenhum jogador que estará em campo no domingo já marcou um gol em decisão.