Em 2014, a Costa Rica escreveu a história mais surpreendente da Copa do Mundo no Brasil. Venceu Uruguai e Itália, empatou com a Inglaterra e ficou em primeiro lugar num grupo que tinha três adversárias campeãs do mundo. Ainda passou pela Grécia nas oitavas e só parou na Holanda, nos pênaltis, numa honrosa quartas de final. Este ano, na Rússia, o início não é nem de perto tão animador.
Na sua estreia, contra potencialmente o adversário mais frágil que enfrentará na fase de grupos, foi superada pela Sérvia e perdeu por 1 a 0. A realidade é dura: precisará vencer Brasil e Suíça para ter chances reais de chegar às oitavas de final e manter vivo o sonho de igualar a campanha da Copa passada.
A Costa Rica na história das Copas
Os costa-riquenhos estão em sua quinta aparição no Mundial. A melhor foi em 2014, quando chegou às quartas de final. Antes, havia passado da primeira fase apenas uma vez, em 1990, quando foi eliminada nas oitavas. Os centro-americanos ficaram na fase de grupos em 2002 e 2006.
Como chegou ao Mundial
Como uma das melhores ranqueadas da Concacaf, a Costa Rica já entrou na quarta fase das Eliminatórias. Classificou-se ao hexagonal final ao ficar em primeiro lugar, com 16 pontos em 18 possíveis, contra Panamá, Haiti e Jamaica.
Na fase derradeira, terminou em segundo lugar com 16 pontos, atrás apenas do México, e confirmou vaga direta ao Mundial.
Valorização da posse de bola
Contra um time europeu e tecnicamente superior como era a Sérvia, a Costa Rica ainda assim conseguiu valorizar a bola e teve 50% de posse, além de 83% de eficiência nos passes — os mesmos números dos adversários no jogo. O time acertou 355 passes em 428 tentativas.
A Costa Rica finalizou 10 vezes durante o jogo, mas apenas três foram na direção do gol, três para fora e quatro acabaram bloqueados pela defesa sérvia. O time ainda teve cinco escanteios e um impedimento.
Falta de criatividade
A Costa Rica até teve boas chances no primeiro tempo, mas caiu de rendimento na etapa complemntar. O ataque ficou muito distante do meio-campo, e a posse de bola não se transformou em chances de gol.
O comandante
O treinador da Costa Rica é Óscar Ramírez, de 53 anos. Ex-meia da própria seleção, começou a carreira de técnico em 2002. Passou por Belén, Saprissa (assistente), Santos de Guápiles e Alajuelense, além de ter tido uma passagem como assistente da seleção entre 2006 e 2008. Assumiu o comando do time nacional em 2015 com a pressão de manter o nível do bom trabalho feito pelo colombiano Jorge Luis Pinto.
A escalação
A Costa Rica joga em um defensivo 5-4-1. A tendência é que os centro-americanos tenham uma postura até mais recuada diante do Brasil do que tiveram contra a Sérvia, com a linha de cinco na defesa bem postada e os quatro jogadores de meio-campo preocupados em impedir a criação brasileira. Ureña é o único jogador mais avançado. O time que deve enfrentar o Brasil tem: Navas; Gamboa, Acosta, González, Duarte e Calvo; Guzmán, Borges, Venegas e Bryan; Ureña.