Há 11 anos no cargo, o técnico do Uruguai, Oscar Tabarez, 70 anos, é o treinador mais longevo no cargo entre as 32 seleções classificadas para a Copa do Mundo 2018. A continuidade é um dos trunfos da Celeste para o Mundial. O destaque maior, porém, é a dupla de ataque, formada por Luis Suárez e Edinson Cavani, agora reforçados por jovens talentos que surgem na Europa e na América do Sul.
Um objetivo mais do que razoável para os uruguaios, vice-líderes nas eliminatórias sul-americanas, seria repetir o desempenho da Copa do Mundo 2010, na África do Sul, quando chegaram ao quarto lugar. A seleção atual possui vários remanescentes daquele grupo, como o técnico Tabarez, o goleiro Muslera, o zagueiro Godín e, principalmente, Suárez e Cavani.
A presença dos astros no ataque é inegavelmente a principal atração do Uruguai. Luis Suárez é um dos principais nomes do Barcelona. Já Cavani, além de ser um dos grandes nomes do PSG, foi o artilheiro das eliminatórias sul-americanas, com dez gols.
Porém, o setor onde ocorreu uma renovação profunda é o meio-campo. O surgimento de meias jovens e capazes de marcar e apoiar com qualidade é um dos pontos fortes do time uruguaio. Nomes como Valverde, do La Coruña-ESP, Vecino, da Internazionale-ITA, Betancur, da Juventus-ITA e Nández, do Boca Juniors-ARG, deram um novo gás para o setor. Merece destaque também para o armador, Arrascaeta, do Cruzeiro.
O time uruguaio costuma jogar com um losango no meio, com Valverde como cabeça de área, Vecino e Betancur pelos lados e Arrascaeta armando as jogadas para Suárez e Cavani. O time-base tem: Muslera; Cáceres, Godin, Gimenez e Gastón Silva; Valverde, Vecino, Betancourt e Arrascaeta; Suárez e Cavani.
Um desafio para o Mundial será a ausência do fator local. Afinal, o Uruguai só conseguiu chegar em segundo lugar nas eliminatórias pelo excelente rendimento no Estádio Centenário, trunfo que não terá na Rússia.