Resultados ruins, geração fraca e trocas frequentes de técnicos. São vários os motivos para a seleção russa temer uma campanha vexatória em casa na Copa do Mundo 2018. Nos últimos meses, no entanto, o surgimento de jovens e uma boa atuação contra a poderosa Espanha se transformaram em alento para os russos a meses do Mundial.
Em novembro, a seleção da Rússia foi bem nos amistosos. Vendeu cara uma derrota por apenas 1 a 0 para a Argentina e conseguiu empatar por 3 a 3 com os espanhóis, um dos times mais badalados. Desde os 5 a 1 para a Holanda, na Copa 2014, a Fúria não sofria mais de dois gols em um jogo.
O alento vem em boa hora. Até então, as perspectivas russas eram sombrias para um Mundial onde o time vai jogar em casa, por conta dos resultados ruins, da escassez de bons jogadores e das mudanças de treinadores.
No total, foram 11 jogos em 2017, com apenas três vitórias, quatro empates e quatro derrotas. A geração é descrita pela imprensa local como uma das piores da história. Além disso, por conta desta turbulência, desde o Mundial 2014, foram três técnicos diferentes: Fábio Capello, Leonid Slutsky e o atual, Stanislav Cherchesov.
Em meio à crise técnica e ao pequeno aumento na autoestima, surgem jovens talentos, como os irmãos gêmeos Aleksei e Anton Miranchuk, 22 anos, ambos meias do Lokomotiv.
Aliás, uma das características da seleção russa é que a grande maioria dos atletas atuam no futebol local. Entre os principais destaques, estão o goleiro Akinfeev, o lateral brasileiro naturalizado Mário Fernandes e o meia Dzagoev, os três do CSKA, e o lateral Zhirkov, do Zenit. Destaque também para o atacante Smolov, do Krasnodar, que marcou cinco gols em 2017, sendo dois deles contra a Espanha.
O time russo costuma jogar com três zagueiros, com um 3-5-2, variável para um 5-3-2, devido ao recuo dos alas. O time-base tem: Akinfeev; Mário Fernandes, Dzhikya, Vasin, Kudriashov e Zhirkov; Glushakov, Erokhin e Dzagoev; Smolov e Poloz.
O objetivo principal é não repetir a África do Sul, que em 2010 foi o primeiro país-sede a ser eliminado de uma Copa do Mundo na primeira fase.