Após o fiasco na Copa 2014 e o fracasso na Euro 2016, a Espanha enfim se deu conta que a geração campeã de tudo não era eterna. Vitorioso nas seleções de base, o técnico Julen Lopetegui assumiu e conduziu um eficiente trabalho de renovação. Invicta e com um grupo versátil, a seleção espanhola tem tudo para voltar a ser a temida “Fúria” no Mundial da Rússia em 2018.
Sob o comando de Lopetegui, a Espanha ainda não perdeu. Nas eliminatórias europeias, a campanha espanhola foi irretocável, com nove vitórias e um empate. Em dez jogos, foram 36 gols marcados e apenas três sofridos, superando de longe a tradicional Itália, que foi para a repescagem.
Da geração que foi campeã mundial em 2010 e bicampeã europeia em 2008 e 2012, os principais remanescentes são os zagueiros Sergio Ramos e Píque, o volante Busquets e o meia Iniesta. No entanto, os espanhóis se deram conta que era preciso mesclar esta espinha dorsal com atletas mais jovens, para não chegar à Rússia com um time com prazo de validade vencido.
No processo de renovação, foram incluídos atletas que se destacam em seus clubes, como o meia Isco, do Real Madrid, jovens que trabalharam com Lopetegui nas seleções de base, como Saul Ñiguez e Asensio, e antigos reservas como David Silva e Koke ganharam mais protagonismo.
A Espanha não tem um grande craque que seja o que Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo, respectivamente, significam para Brasil, Argentina e Portugal. Por outro lado, o grupo espanhol é muito forte. Chama atenção a fartura de nomes de qualidade que a equipe tem para cada função.
Só no meio-campo, por exemplo, provavelmente o ponto forte da Espanha, Lopetegui tem à disposição nomes atletas como Busquets, Iniesta, David Silva, Isco, Koke, Saul Ñiguez, Asensio, Thiago Alcântara e Juan Mata.
Talvez a Espanha não esteja no mesmo patamar dos favoritos Alemanha, Brasil e França, mas com certeza não deve nada para nenhuma outra seleção, e tem potencial para fazer na Rússia o mesmo furor que fez na África do Sul.