
O Hamas afirmou que libertará nesta segunda-feira (12) o refém israelense-americano Edan Alexander, sequestrado desde outubro de 2023. A informação foi confirmada pelas Brigadas Ezedin Al Qasam, braço armado do grupo extremista palestino.
"As Brigadas (Ezedin) Al Qasam decidiram libertar o soldado sionista com cidadania americana Edan Alexander hoje, segunda-feira", anunciou o porta-voz Abu Obeida em um comunicado no Telegram.
Mediadores do conflito informaram ao Hamas que Israel vai realizar uma pausa nos confrontos na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, a fim de permitir a libertação de Edan Alexander. A decisão, para criar um corredor de segurança, entrou em vigor durante a madrugada.
— O Hamas foi informado de que exatamente às 9h30min (3h30min em Brasília), Israel começou a suspender os voos de reconhecimento, drones e aviões de combate, assim como as operações militares, para criar um corredor seguro para a transferência e entrega de Alexander — declarou a fonte à AFP.
Antes dos anúncios, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira que a libertação do refém não levaria a um cessar-fogo na Faixa de Gaza nem à libertação de prisioneiros palestinos.
Em um comunicado divulgado por seu gabinete, Netanyahu reitera que as negociações para um possível acordo que resulte na libertação de todos os reféns em Gaza acontecerão "sob fogo" e que Israel prepara "uma intensificação dos combates".
Pressão de Donald Trump
O anúncio do grupo islamista ocorreu antes da viagem pelo Oriente Médio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visitará Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos de 13 a 16 de maio.
O republicano agradeceu no domingo (11), em sua rede Truth Social, àqueles que possibilitaram a "notícia monumental" e qualificou a libertação como um "gesto de boa-fé". "Esperemos que este seja o primeiro dos passos finais necessários para acabar com este conflito brutal", acrescentou.
Quem é Edan Alexander?
Edan Alexander, hoje com 21 anos, é soldado de uma unidade de elite de perto da fronteira com o território palestino, onde estava no momento do ataque que desencadeou o atual conflito entre Israel e Hamas em Gaza.