A maneira de jogar do Marrocos foge do estilo africano de se jogar futebol. De volta à Copa do Mundo após 20 anos, os marroquinos possuem um bom time, com uma defesa sólida e com bons destaques individuais. O azar foi cair no mesmo grupo de Portugal e Espanha. Mesmo assim, a imprensa local acredita que o time pode ser uma grande surpresa na Copa 2018.
— Eu acho que o Marrocos vai surpreender na primeira fase da Copa. O estilo marroquino é muito parecido com o do futebol latino. A maior parte dos jogadores conhece os adversários portugueses e espanhóis. Um objetivo razoável seria chegar às oitavas, mas eliminar Portugal ou Espanha daria um ânimo para se chegar quem sabe até às quartas — aposta o otimista jornalista Amine El Amri, do jornal Le Matin, da cidade de Casablanca.
O time do técnico o francês Hervé Renard, bicampeão da Copa Africana de Nações com Zâmbia (2012) e Costa do Marfim (2015) não sofreu nenhum gol na fase final das eliminatórias africanas. O destaque defensivo é o capitão Mehdi Benatia, da Juventus. Porém, o excelente goleiro Munir, do Numancia-ESP, e o lateral Acharf Hakimi, do Real Madrid, ajudam a tornar a defesa marroquina uma fortaleza quase indevassável, pelo menos no âmbito do futebol africano.
Porém, os pontos fortes do Marrocos não estão só na defesa. O meia M’barek Boussoufa, do Al Jazira-EAU, e o atacante Hakim Ziyech, do Ajax, dão criatividade ao contra-ataque. Já o centroavante Khalib Boutaib, que atua no futebol turco, tem a função de utilizar o seu grande porte físico e a estatura de 1,90m para trombar com os zagueiros e aproveitar as bolas aéreas.
O time marroquino joga no esquema 4-3-3, com: Munir; Dirar, Benatia, Saiss e Hakimi; El Ahmadi, Boussoufa e Belhanda; Ziyech, Amrabat e Boutaib.
O Marrocos está no Grupo B, que, além de Portugal e Espanha, tem também o bom time do Irã.