O Palmeiras venceu o Corinthians por 2 a 0 na noite desta segunda-feira (1°), no Allianz Parque, em São Paulo. O clássico que encerrou a 13ª rodada do Brasileirão colocou o Verdão na vice-liderança do campeonato, com 26 pontos — atrás somente do Flamengo, com 27 — e manteve o alvinegro na 19ª posição, com nove pontos, um atrás do Grêmio.
A partida resultou em três desfalques palmeirenses para o duelo com o Tricolor na próxima quinta-feira (4), no Centenário, em Caxias do Sul. Raphael Veiga, expulso, Gabriel Menino e Zé Rafael, com o terceiro cartão amarelo, estão suspensos e não poderão entrar em campo.
Superioridade palmeirense
Em clássico com briga, discussões, expulsão e bom futebol, o Palmeiras foi superior e mais eficiente que o Corinthians, ganhou e aprofundou a crise do rival, que completou dois meses sem vitória no Brasileirão.
Raphael Veiga foi o personagem do dérbi, para o bem e para o mal. Foi dele o gol que abriu o caminho para a vitória do Palmeiras. A equipe de Abel Ferreira conseguiu segurar o resultado sem o meio-campista desde o começo do segundo tempo. Numa atitude impulsiva, ele derrubou Garro quando uma confusão já havia se iniciado e levou o vermelho. O jovem zagueiro Vitor Reis, titular pela primeira vez, fechou o placar.
O Palmeiras atingiu sua maior série invicta no dérbi neste século. Com a vitória, está há oito partidas sem perder de seu arquirrival. Passaram-se quase três anos da última vez em que o Corinthians ganhou o clássico. Foi em setembro de 2021, quando, treinado por Sylvinho, venceu por 2 a 1, em casa. Desde as finais do Paulistão de 2020, o Palmeiras encarou o Corinthians 16 vezes e só perdeu uma.
Como foi o dérbi
Como se habitou a fazer em sua casa, o Palmeiras ensaiou uma pressão inicial e indicou que não levaria muito tempo para abrir o placar. Foram 15 minutos de bom futebol, com a marcação adiantada, o que dificultava a saída de bola do Corinthians. O time de Abel Ferreira teve grande volume de jogo, contudo, não foi tão criativo como pareceu que seria e a pressão foi esfriando à medida que os visitantes conseguiam escapar nos contragolpes, sempre com Wesley, pela esquerda.
Foi Wesley o dono da finalização mais perigosa da equipe de António Oliveira, defendida por Weverton, atento. O lance de maior perigo do Palmeiras saiu dos pés de Flaco López, que arrematou com o pé direito, que não é o seu melhor, e parou no jovem goleiro Matheus Donelli. No fim da etapa inicial, Zé Rafael, aparentemente com um problema no músculo da coxa, foi substituído por Jhon Jhon.
O Palmeiras voltou atento do intervalo e definiu o clássico no início do segundo tempo, em quatro minutos. Raphael Veiga marcou de falta que ele mesmo havia sofrido. O meio-campista se valeu da sorte ao ver seu chute desviar na cabeça de Fabinho e entrar. O gol que abriu o placar saiu aos sete. Aos 11, Vitor Reis, jovem zagueiro de 18 anos, considerado uma das principais promessas de sua posição no futebol brasileiro, cutucou para as redes de cabeça depois de escanteio cobrado por Veiga e fez o segundo.
A superioridade numérica não bastou para o Corinthians reagir. Os visitantes sequer diminuíram o placar. Sem capacidade de criar diante da boa marcação dos donos da casa, que recuaram suas linhas, pouco produziram.
António Oliveira tentou de tudo, lançando mão de Coronado, Pedro Raul e Pedro Henrique, e Abel, seu compatriota, sem muitas opções no banco, respondeu com a entrada de três laterais: Mayke, Garcia e Vanderlan. Melhor para o Palmeiras, que se fechou e sustentou o resultado, muito comemorado porque lhe põe de novo no segundo lugar e aprofunda o calvário corintiano.