As competições de base pelo Brasil voltaram nesta semana. Na terça-feira (4), o Inter venceu o Tupi, por 4 a 1, em Minas Gerais, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil sub-20. O Grêmio não disputa o torneio, mas volta às atenções para o Brasileirão sub-17, que começa no fim da semana. Mas, afinal, como foi a preparação da dupla Gre-Nal para as competições de base em meio à pandemia?
O time sub-20 do Inter treinou durante praticamente todo o período. A equipe, inclusive, iniciou a disputa do Gauchão, enquanto os profissionais tiravam alguns dias de folga após o vice-campeonato no Brasileirão. Já a categoria sub-17 teve férias no início do ano e, desde então, treina normalmente para as competições da temporada.
Do lado tricolor, os meninos da base do Grêmio ganharam férias logo no início da pandemia. Depois, no segundo semestre de 2020, treinaram normalmente até fevereiro deste ano, quando a pandemia se agravou. Retornaram ao clube às pressas, em março, devido à antecipação da disputa do Brasileirão sub-17 pela CBF. Porém, a entidade remarcou o início do campeonato para maio, o que deu mais tempo para os times trabalharem. Ainda assim, o coordenador técnico das categorias de base do Grêmio, Wagner Gonçalves, entende que há uma disparidade em relação aos clubes do restante do país.
— O problema, que torna desparelho esse período de preparação, é porque o Rio Grande do Sul estava em bandeira preta, enquanto lá em cima já vinham treinando — explica.
Em ambos os clubes, inclusive, a preparação teve de ser feita completamente de forma interna. Ou seja, nada de amistosos ou jogos-treinos, já que o custo das testagens para a covid-19 é elevado e seria inviável se reunir com times que não tinham condições para realizar os testes. Apenas no caso do Inter sub-20, que iniciou o Gauchão, foi possível fazer alguns testes mais fortes ainda antes do Estadual.
— A gente chegou a fazer, nas duas semanas antes do Gauchão profissional, dois jogos-treino com o sub-20. Jogamos contra os time principais do Novo Hamburgo e do São José, para preparar o time. Fora isso, fizemos atividades entre o sub-20 e o sub-17. Dá para dizer que a preparação foi toda interna para essas duas competições, para não ter contato com outros jogadores que não estivessem testados — relata Felipe de Oliveira, diretor geral das categorias de base do Inter.
No Grêmio, a situação é a mesma.
— Até recebemos convites para fazer jogos-treino. Mas tem clubes que não testam, aí a gente evita. Então, por enquanto, só atividade interna, coletivo contra outras categorias — acrescenta Gonçalves.
No lado gremista, aliás, mais categorias estão em atividade. Além da sub-20 e da sub-17, a sub-19 e a sub-15 também retomaram os treinamentos, e ainda prevista a volta da sub-14. No Inter, apenas a sub-20 e a sub-17 estão treinando presencialmente.
— As outras (categorias) estão paradas. Não tem previsão (de retorno), porque não tem nada de calendário. Estão fazendo atividades em casa — ressalta Oliveira.
De fato, o calendário de 2021 prevê ainda poucas competições para a base. Estão confirmados para os próximos meses apenas apenas o Brasileirão e a Copa do Brasil nas categorias sub-20 e sub-17, além da Supercopa do Brasil para os campeões no fim do ano. Há, ainda, o Brasileirão de Aspirantes, que inicia em junho e terá apenas o Grêmio dos clubes da capital gaúcha.