O São Paulo passou da liderança à crise no Campeonato Brasileiro e este cenário se consolidou mais neste sábado com o empate por 0 a 0 contra o Atlético-PR no Morumbi. O Tricolor do técnico Diego Aguirre voltou a jogar mal, completou seis jogos sem vencer na competição e de quebra ouviu protestos da torcida, que falou em time "amarelão". O resultado deixa os paulistas com 53 pontos, seis atrás do líder Palmeiras faltando oito rodadas para o fim. Já o Furacão chegou a três jogos sem derrota e, com 40 pontos, ainda briga por vaga na Libertadores.
Na tentativa de iniciar uma reação, o técnico Diego Aguirre resolveu mudar o São Paulo. Sacou Jucilei e Nenê e promoveu as entradas de Luan e Gonzalo Carneiro. O esquema também foi alterado, passando do 4-2-3-1 para o 4-4-2. O futebol, porém, seguiu o mesmo, Sem inspiração, com poucas chances de gol e até certa vulnerabilidade atrás, que permitia contra-ataques ao Atlético-PR. A única boa chance do Tricolor foi em jogada de Carneiro, que deixou Diego Souza livre, sem goleiro, mas o atacante cabeceou na trave. Muito pouco.
No segundo tempo, o São Paulo criou mais, novamente com Carneiro. Em uma noite apagadíssima do time, o contestado centroavante uruguaio se destacou com jogadas de efeito. Faltou, porém, paciência nas conclusões mesmo após as entradas de Nene e Tréllez. Paciência, aliás, é algo que não existe mais no Tricolor. A torcida perdeu totalmente. O público de pouco mais de 12 mil pessoas, por si só já um protesto, mudou a forma de ver o time. Do apoio incondicional, passou a protestar e pegou pesado: "Não é mole, não, eu tô cansado de time amarelão!" e "Ah mas que saudade, de quando o São Paulo jogava com vontade", foram entoados da arquibancada do Morumbi. Reflexo de um time que perdeu sua identidade, sua força e, ao que parece, qualquer chance de título. Vai brigar por Libertadores.
Na 31ª rodada, o São Paulo sai para visitar o Vitória, que está lutando contra o rebaixamento. Mais um jogo difícil, que pode enterrar de vez as chances de título. Já o Atlético-PR recebe o Botafogo, nova chance de encostar na briga pela Libertadores. A vida de Diego Aguirre e do São Paulo não está nada fácil.