Após o anúncio de Gustavo Scarpa pelo Palmeiras, com contrato de cinco anos, o Fluminense entrou com um recurso na Justiça para derrubar a liminar que o livrou do vínculo com o clube carioca. O Tricolor do Rio de Janeiro, como havia prometido após o mandado de segurança do jogador, está indo "até as últimas consequências para fazer valer seus direitos", ou seja, não perder o seu camisa 10 de graça.
Agora, com a ação do Fluminense, um grupo de desembargadores julgará e analisará a decisão do desembargador que concedeu o mandado de segurança a Gustavo Scarpa na última semana. Se a liminar for derrubada, o contrato do meia volta a ser válido com o Fluminense, assim como seus direitos ligados ao clube.
Ainda não há definição da data para a decisão dos desembargadores.
Relembre o caso
O caso "Scarpa x Fluminense" começou em 22 de dezembro de 2017, quando o jogador acionou o clube na Justiça por conta de vencimentos atrasados, como salários, direito de imagem, férias e 13º dos últimos dois anos, pedindo a rescisão contratual indireta e imediata, além de valores que ultrapassam R$ 9 milhões.
Em janeiro, o meia não se reapresentou ao clube no dia 3 de janeiro, tampouco justificou sua ausência. Dias depois, veio a público o processo na Justiça, e o Fluminense correu para pagar parte da dívida. A rescisão indireta foi inicialmente negada pela juíza Dalva Macedo, da 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. A decisão, segundo a magistrada, seria temerária, pois teria efeitos "irreversíveis, com prejuízos para as partes e também no que diz respeito a terceiros".