O Corinthians foi derrotado por 2 a 0 pelo Bahia no domingo e amargou o quarto resultado negativo em nove partidas já decorridas do segundo turno do Brasileirão. Apesar da vantagem na liderança da competição ainda ser ampla, o time do técnico Fábio Carille vem dando mostras de oscilação nos resultados e no desempenho técnico nos últimos dois meses. O goleiro Cássio, que protagonizou um lance polêmico na Fonte Nova, não concorda com a expressão "queda de rendimento" para o time paulista.
— Por mais que a gente de repente tenha oscilado um pouco nos jogos não é queda de rendimento, são detalhes que erramos e não vínhamos errando na sequência de jogos. Mas não podemos esquecer que somos líderes, conseguimos manter desde a partida contra o Santos uma boa vantagem sobre o segundo colocado. Então é continuar trabalhando forte, se manter entre os primeiros e conseguir o título — disse o goleiro corintiano, que ainda completou, sobre o aproveitamento atual ser metade do primeiro turno.
— Nós nos preocupamos com nossos jogos, em ganhar, e depois olhamos os resultados dos outros, que vinham sendo ruins. O primeiro turno foi acima do normal, o melhor dos pontos corridos, então acabamos tendo uma queda. Não entra questão de desempenho porque sempre fomos um time de muita luta, entrega, isso não falta. São detalhes que não errávamos e agora estão custando gols e sair correndo atrás de resultado. No primeiro turno não aconteceu isso. Vamos melhorar nesses detalhes para voltar a ter uma sequência de vitórias para nos consolidar como o primeiro.
Contra o Bahia, o momento de dificuldade do Corinthians no Campeonato Brasileiro foi evidenciado já nos acréscimos, quando a equipe teve uma bola parada ofensiva e o goleiro Cássio se mandou para a área. A equipe não conseguiu aproveitar o rebote e ainda errou um passe decisivo que gerou contra-ataque e o segundo gol do Bahia na Fonte Nova. Cássio foi questionado sobre o lance nesta segunda-feira e, apesar de dizer que vê como normal, acha que será difícil repetir na sequência de jogos até o fim do Brasileirão.
— É ruim, né? Mas não passei por cima de nenhuma barreira, fui para a área porque o Carille me autorizou e naquele momento faltava um minuto. Em outros momentos acabei não indo também. Mas o intuito é de ajudar e infelizmente acabamos tomando o gol lá. Se tivesse mais tempo eu não faria isso. Não fiz por conta própria também. Quem manda é o Carille. Depois de ter tomado o gol ontem com certeza não (iria de novo para a área), bem difícil (risos). Mas em outras vezes fui para a área e não aconteceu nada. Nessa erramos, não colocamos a bola na área novamente e tomamos o gol. Mas tudo é aprendizado, temos que tirar lição de tudo isso, e se o Carille quiser que eu vá, eu vou.