O jogador França, do Figueirense, está fora do clássico com o Avaí no próximo domingo, às 16h, na Ressacada. Isso porque o Poder Judiciário aceitou o pedido de medida cautelar da delegada da Polícia Civil, Michele Alves Correa, da Gerência de Jogos e Diversões, que impede até mesmo de o volante ir ao estádio.
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No dia 22 de maio, a delegada informou que iria pedir a medida cautelar caso considerasse necessário. Na época, ela explicou que a medida servia para proteger o jogador e que a presença dele na Ressacada poderia aumentar a tensão do clássico (entenda abaixo o caso). Esse pedido foi feito porque o atleta está na posição de investigado. A medida cautelar é prevista no código de processo penal no artigo 319, inciso II:
- Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações.
Nesta sexta-feira, ao contrário do que foi divulgado pelo Polícia Civil na quinta, o jogador esteve presente na delegacia para depor. Durante o interrogatório o jogador foi avisado por um oficial de Justiça que a medida cautelar tinha sido autorizada pelo juiz, como informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil. Procurada pela reportagem, a delegada Michele Alves Correa se recusou a dar mais informações alegando segredo de justiça.
Segundo o advogado do Figueirense, Ricardo Cordeiro, o clube vai ter acesso as informações da medida cautelar ainda nesta noite e só depois de analisar os documentos o clube se posicionará.
- Vamos analisar o processo, não sabemos detalhes ainda. Vamos verificar, não tem como passar mais detalhes agora - explicou Cordeiro.
O atleta alvinegro pode recorrer da decisão mesmo no final de semana, isso porque existe um juiz que fica de plantão para assuntos emergências.
Entenda o caso
No último clássico de 2015, em maio pela Copa do Brasil, o volante França gravou vídeos provocando o Leão. Irritados com a atitude do atleta, integrantes da torcida organizada do Avaí, Mancha Azul, fizeram vídeos ameaçando matar o jogador. Os vídeos viralizaram nas redes sociais e o Ministério Público, através do promotor Carlos Alberto Platt Nahas, pediu para a Polícia Civil investigar o caso.
No dia 21 de maio, a delegada Michele Alves Correa abriu um inquérito de investigação do ocorrido. Integrantes das torcidas organizadas Gaviões Alvinegros, Figueira, e Mancha Azul foram chamados para depor. Além disso, os presidentes dos clubes, Wilfredo Brillinger e Nilton Macedo Machado, do Furacão e Avaí, respectivamente, também conversaram com a delegada. Multado pelo Figueirense, o volante França foi repreendido por Brillinger.
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Na semana passada, após reunião com o Ministério Público de Santa Catarina, polícias Civil e Militar a Federação Catarinense de Futebol e os quatros clubes de Santa Catarina na Série A, foi lançada a campanha "Paz no Futebol", para promover ações por um clima harmonioso nos jogos entre as equipes catarinenses. Na última quinta-feira, para acalmar os ânimos e trazer um clima de paz ao clássico, Avaí e Figueirense promoveram a campanha Unidos pela Paz, com a presença dos presidentes e dos capitães dos clubes, os xarás Marquinhos, que garantiram trocar a camisa no final do jogo.
Que coisa
Justiça proíbe França de entrar na Ressacada e atleta do Figueirense está fora do clássico
O Figueirense foi informado na noite desta sexta-feira da decisão da Justiça
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