Ouvindo dirigentes do Grêmio e do Inter sobre a ronha dos ingressos, não me ocorreu outra interpretação que não fosse esta: as duas partes estão certas e também erradas. Ninguém mentiu ou quis ser mais esperto. Na verdade, faltou clareza na reunião que antecedeu o Gre-Nal da Arena.
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Uma parte pensou que o acordo se referia a percentuais iguais e a outra saiu da reunião convicta de que a reciprocidade estabelecia número absoluto de ingressos. Ninguém, mas ninguém mesmo duvida da seriedade dos presidentes Fábio Koff e Giovanni Luigi. E o acordo não foi para o papel exatamente por efeito da fidalguia e respeito que presidem as relações das duas diretorias.
Está claro que faltou clareza e como nada foi escrito surgiu o mal entendido. Na raiz desta discussão está a Brigada Militar que decidiu impor - quase conseguiu - o Gre-Nal de torcida única. É lamentável, mas a nossa caríssima BM, em todas as suas ações, demonstra que está mais preocupada em fazer política do que segurança.
Neste caso, fica a impressão de que a briosa entende que o Estádio Centenário oferece mais segurança do que a Arena. Espera-se que o torcedor que for ao Centenário esteja protegido e seja esquecida a esdrúxula compreensão de que vandalismo e violência são manifestações democráticas.