O dia 1º de maio de 1994 está marcado na memória dos brasileiros. Naquela manhã de domingo, o país ficou perplexo com o acidente que vitimou o piloto Ayrton Senna, então com 34 anos, na curva Tamburello, no GP de San Marino, na Itália.
Os detalhes da fatalidade ainda são debatidos mesmo passadas três décadas. Em entrevista à jornalista Júlia Valente, publicada pelo Uol, o médico italiano Alessandro Misley, um dos socorristas que trabalhava no Autódromo Enzo e Dino Ferrari no dia do acidente, falou sobre o ocorrido. Ele comentou a teoria de que o impacto da barra de suspensão teria sido o principal agravante para a morte de Senna e negou essa possibilidade.
— É falso. De fato, um pedaço da suspensão entrou pelo capacete e provocou uma lesão a nível frontal de poucos centímetros, o que, claro, não é inócuo. Mas, com certeza, não foi esse o problema a provocar a morte de Senna. A morte de Senna foi provocada pela fratura da base do crânio, devido ao forte impacto causado pela desaceleração. A lesão da barra de suspensão é secundária e não letal — afirmou Misley.
Misley relembrou o momento em que a equipe responsável por prestar socorro foi acionada:
— Quando nos chamaram para o acidente, não nos comunicaram quem era o piloto que estava preso e ferido. Chegamos um minuto depois da ambulância, porque estávamos um pouco mais longe. E, visto que Senna era muito conhecido, ficamos atônitos.
Um fim de semana trágico
O GP de San Marino de 1994 foi trágico não só pela morte de Senna. Na sexta-feira antes da prova, o também brasileiro Rubens Barrichello sofreu um acidente nos treinos que quase lhe tirou a vida.
No sábado, durante a classificação, Roland Ratzenberger também foi vítima de uma colisão. O piloto austríaco não sobreviveu ao impacto no muro da curva Villeneuve. Retirado de helicóptero, teve a morte confirmada no hospital, em Bolonha.