A primeira corrida da Stock Car no Velo Città teve de tudo. Na disputa mais tumultuada até agora na temporada 2017, Felipe Fraga (40 – Cimed Racing) mostrou que está de vez na briga pelo título e faturou a vitória na corrida 1 em Mogi-Guaçu. Foi o seu terceiro triunfo no ano, o segundo seguido na prova principal e a terceira vez seguida em que vence a prova inaugural de um circuito.
Fraga teve a companhia do colega de Cimed Cacá Bueno, com o carro 0, em segundo lugar no pódio. E o terceiro foi gaúcho: Vitor Genz (46 – Eisenbahn Racing) aproveitou muito bem as seguidas entradas do safety-car e conseguiu seu segundo pódio no ano.
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Mas é difícil resumir a corrida apenas no resultado. Pois, desde o início, seguidos acidentes mudaram completamente o panorama da prova. Na largada, Átila manteve a ponta, enquanto mais atrás Marcos Gomes acertou Max Wilson e jogou o piloto do carro 65 para o guard rail – lance que fez com que a direção de prova decidisse excluir o campeão de 2015 da prova.
Mas um toque de Felipe Fraga, que pulou para segundo na largada, prejudicou a corrida de Átila: o pneu traseiro esquerdo estourou na segunda volta e ele precisou parar nos boxes para um pit-stop não programado. Foi a primeira vez no ano em que o pole da corrida 1 não conseguiria vencer a prova. Fraga assumiu a liderança, com Daniel Serra e Gabriel Casagrande na sequência.
Mais atrás, os gaúchos tiveram desempenhos distintos. Marcio Campos, que largou em 12º, teve um problema na primeira volta e acabou abandonando. Enquanto isso, Cesar Ramos ganhou posições e subiu para 13º, e Vitor Genz seguiu na parte de trás do pelotão.
Fraga abria grande vantagem na liderança, mas o toque em Átila fez com que atual campeão fosse punido com um drive-through – depois cancelado pelos comissários. Boa notícia para Serra, que assumiu a liderança sem esforço, e já com boa vantagem sobre Casagrande, que subiu para segundo.
A corrida seguiu movimentada. Ramos, que vinha em 12º, tentou ultrapassar Rafael Suzuki e Tuka Rocha e acabou tocando no piloto do carro 25. Os dois rodaram, e o gaúcho perdeu várias posições, enquanto Tuka acabou parado na pista, o que provocou a entrada do safety-car.
Na 11ª volta, mais um incidente: Ricardo Maurício tentou ultrapassar Gabriel Casagrande pela terceira posição na curva 1, mas acabou tocando no carro 83 e acabou rodando. Mesmo seguindo na prova, o safety-car foi novamente acionado, o que uniu de novo o pelotão.
Depois, na 13ª volta, Betinho Valério (44 – Hero Motorsport) sofreu uma quebra de suspensão ao disputar posição com Valdeno Brito. Como seu carro ficou parado na área de escape, de novo o safety-car foi obrigado a ir para a pista, na terceira bandeira amarela em apenas 13 voltas. E isso bem no momento em que a janela de pit-stops obrigatórios havia sido aberta. Quem entrou nos boxes antes do safety-car, como Fraga e Camilo, acabou levando vantagem.
Mas ainda havia mais: o carro de segurança foi acionado de novo após Ricardo Maurício escapar outra vez da pista e acabar acertando a barreira de pneus. O bicampeão conseguiu voltar à prova, mas totalmente fora de qualquer disputa.
Com o fim da janela de pit-stops, Fraga manteve a liderança, desta vez em frente a Cacá Bueno e a Vitor Genz. O gaúcho da Eisenbahn Racing, primeiro piloto do estado a vencer uma prova da categoria, se deu bem ao aproveitar a primeira volta da janela de pit-stop e ganhou diversas posições por conta dos safety-cars.
Quem perdeu rendimento durante a sequência de bandeiras amarelas foi Serra: de segundo, o piloto da Eurofarma RC caiu para oitavo e viu Fraga e Thiago Camilo, quarto colocado, se aproximarem na briga pelo título.
*ZHESPORTES