Os processos resultantes da Operação PhD, da Polícia Federal (PF), estão próximos de serem julgados pela Justiça Federal. Alguns já estão com o juiz Adel Américo Dias de Oliveira, 22ª Vara Federal de Porto Alegre. Outros aguardam apenas os memoriais, ou seja, a última manifestação antes da sentença.
A Operação PhD, deflagrada em dezembro de 2016, investigou fraudes na liberação de bolsas de estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 28 de agosto de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 32 pessoas por envolvimento no esquema.
Entre os réus das ações penais protocoladas pela procuradora da república Jerusa Viecili, estão professores, servidores e bolsistas. A principal ação, contra 15 pessoas, trata dos crimes de formação de quadrilha ou bando, estelionato, peculato (crime praticado por servidores públicos), e falsidade ideológica. Outras 11 apuram apenas o crime de peculato.
A investigação foi aberta a partir da reportagem Mestrado Sem Frequência, que fez parte da série Universidades S.A, publicada por GZH em abril de 2015.
O delegado Aldronei Rodrigues, que foi responsável pelo inquérito na PF e hoje é superintendente da instituição no Estado, obteve provas de que o grupo que coordenava projetos relacionados à área de saúde da UFRGS se utilizava dessa condição para incluir bolsistas que, muitas vezes, não reuniam os requisitos para serem contemplados.