A redução no distanciamento mínimo entre as classes dos alunos, definida pelo governo do Estado, vai fazer com que a ocupação das salas de aula no Rio Grande do Sul fique semelhante ao período anterior à pandemia. A avaliação é do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), entidade para a qual a menor distância permitirá que todos os estudantes possam assistir às aulas presenciais todos os dias, sem a necessidade de rodízios.
– O principal reflexo vai ser esse, o fim dos rodízios. Pode haver alguma exceção, mas em geral isso se normaliza. Agora, com um metro entre os alunos, os mesmos alunos que estão em rodízio poderão ir todos os dias – celebra Bruno Eizerik, presidente do Sinepe.
Pelo novo decreto do Estado, o afastamento entre as classes cai de 1,5 metro para 1 metro. Outras medidas de prevenção seguem obrigatórias, como o uso de máscaras por alunos, professores e funcionários, além da ventilação cruzada nas salas de aulas – janelas e portas abertas para garantir a circulação do ar.
Segundo a entidade, em média, 70% dos alunos do Ensino Básico privado estão acompanhando as aulas de forma presencial. O índice fica na casa de 80% nos anos iniciais – nos quais a presencialidade tem mais impacto – e cai para 60% nos anos finais.
O presidente do Sinepe não acredita que a redução de espaçamento prejudique a segurança das comunidades escolares.
– Os demais protocolos se mantêm. E professores e funcionários já estão tomando a segunda dose. Estamos supertranquilos.
Com a mudança, o Sinepe vê a sua última demanda emergencial atendida pelo governo do Estado. Para o próximo ano letivo, o sindicato defende o retorno da obrigatoriedade do ensino presencial. Atualmente, os alunos e familiares podem optar pelo ensino remoto, híbrido ou presencial.
– A gente segue trabalhando com perspectiva de, para o ano que vem, com a situação melhorando, que a gente possa voltar com todos os alunos, sem possibilidade de a família optar pelo ensino remoto – disse Eizerik.
Ainda de acordo com o Sinepe, com o distanciamento anterior, apenas 30% das escolas privadas conseguiam acomodar os alunos sem necessidade de rodízios.