A satisfação pela aprovação no vestibular e o entusiasmo ao ingressar no ensino superior não são as únicas sensações vividas pelos estudantes. A ansiedade está cada vez mais presente na rotina dos graduandos. Isso se deve à pressão pelo bom desempenho, expectativas familiares, o medo do futuro e as inúmeras responsabilidades que se acumulam diante da primeira grande escolha da vida adulta. O importante é saber identificar quando a ansiedade pode representar um perigo. Entretanto, existem ferramentas para contornar o problema e otimizar o aproveitamento acadêmico sem prejuízos à saúde mental.
Para Cássia Alves, doutora em psicologia e especialista em Gestão de Carreiras, “a ansiedade não é necessariamente negativa. Ela é uma expectativa de futuro, do que se almeja para dar sentido à vida. Mas ela pode tornar-se patológica quando impede o estudante de promover esse futuro, tornando-se um fator paralisante”, descreve. O problema é que o autoconhecimento nem sempre é encorajado durante o desenvolvimento infantil e na adolescência, o que pode gerar ansiedade pela falta de clareza dos próprios interesses - efeito comum na hora de escolher um curso para o vestibular.
Sintomas de ansiedade acadêmica: como contornar as crises
O ingresso no ensino superior promove muitas mudanças na vida do estudante. Isso porque ele encoraja a autonomia, habilidade pouco trabalhada na educação básica. “Uma das frases que mais ouço dos alunos é de que ainda estão se acostumando sobre poder sair da sala sem pedir autorização. Parece simples, mas demonstra a proporção que as coisas ganham na vida universitária”, comenta Cássia.
O fluxo acentuado de demandas das disciplinas tem por objetivo formar profissionais para o ritmo do mercado de trabalho, oferecendo não apenas subsídios teóricos, mas também técnicas e competências para lidar com esses desafios.
Não atender à essas expectativas pode sobrecarregar também a saúde física. “O sinal de que a ansiedade pode ser patológica é quando ela começa a provocar prejuízos no dia a dia, como sono atrapalhado, mudanças na alimentação, quebra de rotina, além de comportamentos que podem ser prejudiciais, como procrastinação, irritabilidade e pensamentos em excesso", comenta Cássia.
Para encontrar um ritmo saudável, o aluno pode adotar hábitos saudáveis. Exercícios físicos regulares ajudam nos níveis de serotonina e endorfina, responsáveis pelas sensações de recompensa e bem-estar.
Outra dica é fazer o planejamento da rotina. Incluir em uma planilha os horários das disciplinas, dos exercícios e demais compromissos, além de prever a logística necessária, como alimentação e deslocamento ajudam a visualizar as tarefas da semana de forma organizada e com mais tranquilidade.
Exercícios de respiração são essenciais para quando a ansiedade chegar. Uma das técnicas mais efetivas é a 5-6. Basta respirar profundamente contando até cinco, manter uma pausa de dois segundos, e expirar contando até seis. A prática de 15 minutos desse exercício restaura a concentração e alivia o estresse.
Como as instituições de ensino podem contribuir para frear a ansiedade
O ideal é buscar ajuda, inclusive dentro da própria instituição de ensino. “A dica para os alunos é procurar o coordenador do curso ou um professor de referência e relatar as dificuldades que vem enfrentando. Esses profissionais podem fornecer o suporte e o encaminhamento necessários”, comenta Cássia Alves, que é docente no curso de Psicologia do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), e coordenadora do Programa Percursos.
“Os alunos acolhidos no programa têm orientação de carreira, além de direcionamentos para adaptação acadêmica, oficina de gestão de tempo, gestão financeira, preparação de currículo e de entrevistas de emprego", descreve a docente. Além disso, a FSG oferece atendimento psicológico aos estudantes através do serviço Escola de Psicologia do Centro Integrado de Saúde, que realiza escuta e acompanhamento dos alunos e outros atendimentos voltados para os estudantes como academia, fisioterapia, acompanhamento nutricional.
Incluir a terapia na rotina auxilia na organização de metas, tanto na vida pessoal como profissional, além de oferecer suporte emocional para enfrentar os desafios que o período acadêmico impõe.
Estudar em uma instituição preocupada com a saúde mental dos alunos faz toda a diferença no desempenho acadêmico, sobretudo quando seu interesse é em um curso na área de Psicologia. Faça o vestibular da FSG e conte com a segurança e tranquilidade de estudar em uma instituição comprometida com a sua carreira e sua qualidade de vida.