Assembleia do Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação da UFRGS, UFCSPA e IFRS (ASSUFRGS) definiu, na tarde desta segunda-feira (11), que a categoria entrará em greve a partir de 18 de março. O encontro ocorreu na Faculdade de Educação da UFRGS.
A adesão à paralisação nacional se soma a, pelo menos, 58 instituições federais de ensino pelo país, segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que convocou a greve.
A pauta do movimento é a reestruturação da carreira dos servidores das universidades e institutos federais e a reposição salarial. Segundo Segundo a Assufrgs, a categoria precisaria de 31% de reajuste para repor a inflação de setembro de 2016 a dezembro de 2023.
Os servidores da UFRGS pedem a destituição da atual reitoria, comandada por Carlos André Bulhões Mendes, já aprovada duas vezes pelo Conselho Universitário (Consun), órgão deliberativo da instituição. O primeiro pedido foi negado pelo Ministério da Educação (MEC), ainda na gestão do então governo Bolsonaro. O segundo foi entregue ao MEC no início deste ano, mas segue na mesa do ministro Camilo Santana.
Já os trabalhadores de UFCSPA e IFRS, além da campanha salarial e de carreira, reclamam da falta de concursos públicos para as instituições. Para a Assufrgs, o atendimento de qualidade aos estudantes está prejudicado pelo baixo número de funcionários.
— Estamos há alguns meses dialogando com o governo, mas, infelizmente, essas negociações não avançaram. No último encontro, soubemos que o reajuste será de 0% para nossa categoria. Não temos para onde ir a não ser esse instrumento de luta que é a greve — explicou a coordenadora-geral da Assufrgs, Tamyres Filgueira.