O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quarta-feira (14) os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2023. Nos três recortes estabelecidos para medição da qualidade da educação, houve avanço nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
A média saltou de 5,8 em 2021 para 6,0 no ano passado. Já nos anos finais da mesma etapa houve recuo. A nota era 5,1, e agora caiu para 5,0. Já em relação ao Ensino Médio, houve crescimento de 4,2 para 4,3.
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o indicador reúne dois conceitos medidores da qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O ideb varia numa escala de 0 a 10.
Os resultados divulgados nesta quarta eram aguardados com expectativa porque no último levantamento, referente a 2021, ainda havia influência direta da pandemia no ensino. Os índices, contudo, também mostraram estabilidade na comparação com 2019.
— Quero ressaltar que o Brasil atingiu a meta mesmo na faixa mais afetada pela pandemia, que é nos anos iniciais. Precisamos comemorar isso — disse o ministro da Educação, Camilo Santana.
Além da qualidade do ensino, o Ideb atualizou os índices sobre a regularidade da trajetória escolar. O acesso das crianças à pré-escola teve avanço, e atingiu 92,9%. Há preocupação, contudo, sobre a redução da frequência no desenrolar dos anos. No Ensino Médio, apenas 70% dos jovens concluíram a etapa ao atingirem até 19 anos. Entre a população mais pobre, o índice cai para 50%.
— Nós estamos perdendo 50% dos pobres, é este público que queremos atingir com o Pé-de-meia para que ele não saia da escola. E para receber [a bolsa], ele precisa comprovar frequência — complementou o ministro.
O Programa Pé-de-Meia mencionado por Santana é uma iniciativa do governo para apoiar financeiramente estudantes do Ensino Médio público, incentivando a conclusão de seus estudos.