Nos últimos anos, os cursos de Tecnologia da Informação (TI) ganharam destaque pelas diversas oportunidades ofertadas para seus profissionais. De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a remuneração em tecnologia é pelo menos 2,5 vezes maior do que a média salarial brasileira. Segundo as fontes consultadas, os salários variam de acordo com a qualificação e ficam entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. Em muitos casos, é possível trabalhar para empresas estrangeiras e a remuneração, neste caso, é paga em outras moedas.
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Mais: um recente estudo da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) indicou que o setor pode crescer até 14,3% este ano. E a chegada de novas tecnologias, como 5G, pode abrir ainda mais espaço, pois a falta de profissionais não para de crescer. Não são somente grandes empresas que estão com vagas abertas. Estima-se que exista um déficit de 408 mil profissionais de TI no Brasil, segundo a Softex, uma organização social voltada ao fomento da área.
Para o professor Alexandre Augustini, coordenador do curso de Ciência da Computação da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a automatização cada vez mais presente em nossas vidas é um terreno fértil para o profissional de TI.
— A demanda por profissionais desta área é muito grande. Temos alunos que trabalham para empresas do Canadá, da Europa. Neste período da pandemia, o comércio eletrônico, por exemplo, cresceu exponencialmente. As consultas remotas e tantas outras atividades que demandam profissionais que dão suporte para que isso aconteça também cresceram muito — explica Augustini, ao falar sobre a expansão do mercado de trabalho.
A professora Fernanda Pinto Mota, coordenadora do curso de Engenharia da Computação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), concorda com a opinião do colega da PUCRS. Segundo ela, a pandemia acelerou a digitalização do nosso cotidiano e abriu oportunidades. Sobre a escolha pela área, Fernanda indica que é preciso estar preparado para encarar desafios.
— Tem que gostar do que está fazendo, assim como em todas as áreas. Se a gente está aberto para o desafio, já é um começo. O crescimento do trabalho remoto, por exemplo, criou muita oportunidade, pois as empresas precisaram contratar profissionais para desenvolver sistemas para permitir que as pessoas trabalhassem de casa — justificou.
Carreiras valorizadas
Confira áreas que têm boas perspectivas no mercado:
Ciência da computação
Este curso é indicado para quem gosta de automatização e programação. Nesta profissão, o estudante aprende a resolver problemas complexos de tecnologia e até mesmo trabalhar no desenvolvimento de jogos. Ele pode atuar como cientista de dados, em indústrias de software, como desenvolvedor ou gerente de projeto, além de empreender.
Ciência de dados e Inteligência artificial
O estudante desta formação aprende a trabalhar em inúmeras atividades, como engenheiro de dados, cientista de dados, analista de inteligência de mercado e engenheiro de inteligência artificial.
Engenharia de computação
Profissional que atua na construção e manutenção dos sistemas computacionais e suas aplicações, integrando hardware e software. O engenheiro de computação pode trabalhar com circuitos integrados (semicondutores), segurança de sistemas computacionais, internet das coisas (IoT), redes de computadores, telecomunicações, além de inteligência artificial e robótica.
Engenharia de software
Indicado para quem busca o desenvolvimento de software. Atua com análise e projeto, programação e gerenciamento de projetos.
Sistemas de informação
É uma formação para quem gosta de programação e desenvolvimento de sistemas. O aluno pode atuar em indústrias de software como gerente de tecnologia, analista de teste e desenvolvedor de software.
Fontes: Alexandre Augustini, da PUCRS, e Fernanda Pinto Mota, da UCPel