O Rio Grande do Sul figura no QS World University Rankings 2022 com quatro universidades — uma a mais do que na edição de 2021. O levantamento, feito pela Quacquarelli Symonds (QS), analista global de Ensino Superior, listou as 1,3 mil melhores universidades do mundo. A novidade gaúcha é a entrada da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no ranking, somando-se a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A QS é uma empresa britânica especializada em educação que publica anualmente a relação das melhores universidades do mundo.
A UFRGS é a instituição de ensino melhor elencada do Rio Grande do Sul no levantamento e se manteve em oitavo lugar nacional, mesma posição de 2021. A universidade ficou em 42ª colocação entre as instituições da América Latina. Apesar de estável em nível de Brasil, a federal sofreu queda no cenário mundial — enquanto, em 2021, esteve na faixa de posição 701-750, em 2022, ficou na faixa 751-800.
A PUCRS figura no 15ª lugar nacional, mesma colocação da UFPel e outras seis instituições, que empataram na posição 79 entre as universidades da América Latina. No ranking mundial, a pelotense entrou e a católica se manteve na faixa de colocação 1001-1200.
Já a UFSM perdeu posições. Se, no levantamento de 2021, a instituição ficou na faixa 1001 ou mais, em 2022, a santa-mariense figura na faixa 1201 ou mais. Em nível nacional, a universidade ficou em 23º lugar, e, entre as latino-americanas, na posição 117, com outras quatro brasileiras.
A primeira colocação entre as 27 brasileiras ficou com a Universidade de São Paulo (USP). Os resultados mostram uma quase duplicação da representação brasileira no ranking, com 13 universidades brasileiras entrando na tabela publicada este ano.
Com 27 de suas universidades agora nomeadas entre as melhores do mundo, o Brasil é a nação latino-americana mais representada, superando a Argentina e o México (com 24 instituições classificadas cada). No Top 12 da América Latina, há três brasileiras: a USP, em 3º lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 7ª posição, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 11ª colocação.
Entenda os indicadores usados no ranking
A QS leva em conta seis quesitos para definir quais são as melhores universidades do mundo. Os resultados são baseados na distribuição e desempenho de 14,7 milhões de trabalhos acadêmicos publicados entre 2015 e 2019, em 96 milhões de citações recebidas por esses trabalhos e também correspondem às opiniões de mais de 130 mil professores universitários e 75 mil empregadores.
- Reputação Acadêmica: baseado nas respostas de uma pesquisa feita com mais de 130 mil acadêmicos.
- Reputação Entre Empregadores: baseado nas respostas de uma pesquisa feita com mais de 75 mil empregadores sobre a relação entre a instituição e a empregabilidade dos graduados.
- Citações por Faculdade: medindo o impacto da pesquisa, divide o número total de citações recebidas pelos trabalhos de pesquisa de uma universidade por um período de cinco anos pelo número de docentes em uma instituição.
- Proporção de Docentes por Aluno: um proxy para a capacidade de ensino. O número de alunos é dividido pelo número de docentes, dando uma indicação do provável tamanho das classes em cada uma das instituições analisadas.
- Proporção de Docentes Internacionais: uma das duas medidas de internacionalização da QS, mede a proporção de docentes não domésticos em uma instituição.
- Proporção de Estudantes Internacionais: a segunda das duas medidas de internacionalização da QS, mede a proporção de estudantes não domésticos em uma instituição. Isso, por sua vez, fornece uma indicação da capacidade de uma universidade de atrair talentos de todo o mundo.