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O Movimento das Escolas Privadas de Educação Infantil (Mepei-RS) estima que oito em cada dez escolas de educação infantil da Capital deverão voltar a receber alunos já na próxima segunda-feira (5), primeiro dia em que será permitido o retorno segundo o calendário proposto pela prefeitura para o ensino presencial. O grupo tem 300 componentes - a grande maioria em Porto Alegre. O dado está alinhado à média geral de retorno às atividades presenciais elaborado pelo Sindicato do Ensino Privado do Estado (Sinepe-RS). Educação Infantil, terceiro ano do Ensino Médio e profissionalizante, além da Educação para Jovens e Adultos (EJA), poderão regressar no início da semana que vem.
O Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Rio Grande do Sul (Sindicreches-RS) pondera que, embora a maioria esteja se preparando para retornar às aulas, a reabaertura será escalonada ao longo dos próximos dias na próxima semana, conforme sejam incorporados os protocolos determinados pelo executivo municipal.
— Como os protocolos foram esclarecidos em decreto na última quinta-feira (1º), muitas escolas ainda estão fazendo adaptação nas suas estruturas para reabrirem respeitando todas as regras — explica Letícia Mello, presidente do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do Sindicreches, que reúne aproximadamente 400 associados na Capital, sem precisar quantas destas reabrirão já na segunda.
Alessandra Uflacker, membro do Mepei-RS, percebe que a confiança dos pais para enviar os filhos às escolas foi crescendo desde setembro, quando os protocolos foram sendo detalhados e as instituições faziam as adaptações. A expectativa da entidade é que 90% dos alunos que permaneceram matriculados retornarão logo na reabertura.
— Há um mês e meio estamos recebendo dúvidas dos pais e os ajudando a entender como será o retorno, detalhando todas as medidas de segurança que estão sendo preparadas — afirma.
Após praticamente um semestre inteiro fechadas, as escolas perderam metade de seus alunos, conforme a Mepei-RS. Embora seja uma má notícia, isto tende a esvaziar mais as salas, reduzindo o risco de uma eventual propagação do coronavírus, explica Alessandra.
Para explicar melhor os protocolos de retorno, a escola Universo Mágico, no bairro Jardim do Salso, realizou, ao longo desta semana, um agenda de treinamento e preparação com pais e estudantes. O movimento de ambientação e acolhimento teve verificação de temperatura, limpeza dos pés no tapete de desinfecção, instrução sobre uso de alcool gel e explicação detalhada aos pais sobre os protocolos de retomada.
— Desde julho vínhamos nos adaptando para o retorno. Os pais estão entendendo que os protocolos são muito claros e eficazes, e isto tem dado tranquilidade para trazerem de volta os seus filhos — afirma Sandra Wiebbelling, diretora da Universo Mágico.
Conforme os protocolos da Secretaria Municipal de Educação, haverá suspensão das aulas por 10 dias em turmas que tiverem dois casos positivos de coronavírus, o que é considerado surto. Todos os estudantes da classe terão de ser testados, além dos professores que tiverem contatos com esses alunos. Se houver um caso positivo, o aluno ou profissional é afastado.
Quem mora com alguém que teve diagnóstico confirmado de covid-19 ficará afastado por 14 dias, em isolamento. Nas regras específicas à Educação Infantil, foi ressaltado que as turmas não podem exceder 15 alunos. A máscara será proibida para crianças de até dois anos e não recomendada para alunos de três a seis anos.Já os professores tem de usar o equipamento, e nos casos que haja, por exemplo, uso da leitura labial, o item deve ser substituído por escudo facial. Também será enviado pela escola aos pais e responsáveis um pedido de autorização para teste de covid-19 nas crianças. A ideia é acelerar a testagem quando se identificar um ou mais casos positivos em uma turma.