Após uma semana com todas as regiões gaúchas em bandeira laranja, que indica risco epidemiológico médio para o coronavírus, a classificação preliminar do governo do Estado no modelo do distanciamento controlado traz apenas a região de Santa Maria na cor vermelha, de risco alto. O mapa prévio foi divulgado nesta sexta-feira (2) e o mapa definitivo para a próxima semana será apresentado na segunda (5).
Localizada no centro do Estado, a região está em cogestão com o governo estadual e, na prática, pode adotar protocolos semelhantes aos das demais 20 áreas em laranja, com exceção do retorno às aulas.
Assim, de forma preliminar, apenas 32 municípios, do total de 497 no Estado, estão em bandeira vermelha, somando 551.963 habitantes, o que corresponde a 4,9% da população gaúcha, do total de 11,3 milhões de habitantes.
As demais 20 regiões que permanecem em bandeira laranja são Bagé, Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Guaíba, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Santo Ângelo, Taquara e Uruguaiana.
Das 21 regiões gaúchas, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba ainda não aderiram ao sistema de cogestão do distanciamento controlado.
Se mapa se confirmar, apenas Santa Maria ficará proibida de retomar aulas no Estado
Se o mapa preliminar desta sexta se confirmar na segunda, apenas a região de Santa Maria ficará proibida de retomar atividades presenciais de ensino no Estado.
Para ter liberação para a retomada, as regiões precisam ser classificadas por duas semanas consecutivas na bandeira amarela ou laranja (a semana atual e a anterior).
Prefeitos de municípios que entenderem que não há condições para reabrir escolas podem mantê-las fechadas. Pais e instituições de ensino também têm autonomia para manter as crianças em casa ou para deixar as escolas fechadas.
Conforme o governo do Estado, foi observado em Santa Maria, no último levantamento, um aumento de casos de internações de UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), de 36 para 39, e por covid-19, de 34 para 37, o que culminou na redução de leitos livres (tanto na variação como na razão de leitos livres por ocupados). Outro fator que fez com que a região ficasse em bandeira vermelha foi o aumento no número de óbitos (de 14 para 15 nas últimas duas semanas, aumento de 7%).
Em queda na semana passada, o número de novas hospitalizações no Estado cresceu 6% nas últimas duas semanas, de 793 para 840, de acordo com dados do Executivo. A quantidade de leitos livres, que também havia crescido, reduziu novamente – de 684 para 659 (4%). O número de óbitos ficou praticamente estável entre as duas últimas quintas-feiras, caindo de 273 para 272. Os percentuais que indicam o número de internados em UTI por SRAG, de internados em leitos clínicos e de internados em leitos de UTI, porém, diminuíram no Estado.
Mesmo contabilizando os pacientes internados por outras causas, houve estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. No entanto, a redução no número total de leitos de UTI se traduziu em leve queda na razão de leitos livres para cada ocupado por covid-19.
O cenário de apenas uma região em bandeira vermelha já havia ocorrido, em maio. Na ocasião, apenas a região de Lajeado foi classificada nessa cor, mas seis regiões (Uruguaiana, Santa Rosa, Ijuí, Taquara, Bagé e Cachoeira do Sul) estavam na bandeira amarela, de risco baixo.