O Rio Grande do Sul já manifestou interesse em receber o projeto de escolas cívico-militares, lançado pelo Ministério da Educação (MEC). O assunto foi tratado durante visita recente do secretário Faisal Karam a Brasília. Em agosto, o governo gaúcho tem nova agenda no Distrito Federal para retomar o assunto. Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, nesta sexta-feira (12), o subsecretário de Políticas para Escolas Cívico-Militares do MEC, coronel Aroldo Cursino, antecipou que o Estado deve contar com duas escolas piloto já em 2020.
— Estamos prevendo 55 escolas desse modelo no país no próximo ano, duas por Estado. Mas isso vai depender do interesse dos governos estaduais, que poderão optar ou não pelo projeto — esclarece.
Diferente do processo atual dos colégios militares, em que os alunos passam por uma seleção para ingressar nas turmas, Cursino garante que o acesso às escolas cívico-militares será universal, sem a necessidade de um exame prévio.
— Estamos baseando o modelo da escola cívico-militar nos colégios militares, mas a diferença é que ela continua nas secretarias da Educação, os professores serão professores do Estado e não vamos influenciar no conteúdo das matérias — garante.
Segundo o subsecretário do MEC, não serão criadas novas escolas pelo país. — A nossa ideia é pegar o colégio que já existe e implantar essa gestão de excelência, acrescentando os profissionais que vamos disponibilizar para fazer esse trabalho na escola. Não iremos criar outras escolas. Nós iremos pegar uma escola que já existe e implementar isso — frisa.
Pelo menos três critérios serão levados em conta, pelo governo federal, na escolha da implantação do novo modelo: a escola precisa ter cerca de mil alunos, estar localizada em uma região de vulnerabilidade social e ter nota baixa no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
— Vamos trabalhar com profissionais das forças armadas e das corporações para que possa atender os alunos fora da sala de aula, dentro do espaço da escola, para que tenha um ambiente de pertencimento e permita aprender melhor. Nós vamos atacar na área da gestão, possibilitando melhores condições do docente ensinar e do discente aprender — promete.