Apesar das exceções que estão levando o imposto sobre valor agregado (IVA) para 28%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (25) que qualquer alíquota que sair da reforma tributária será menor do que a paga hoje. Ele afirmou ainda que, embora não seja perfeita, a reforma dos impostos sobre o consumo representará um salto em relação ao modelo atual, e vai gerar ganhos de produtividade na economia.
— Vamos dar um salto com esta reforma. Apesar de não ser perfeita, comparativamente ao que nós temos é a noiva mais bacana que podemos ter hoje, ela é um show — disse Haddad durante participação em conferência do banco Safra.
Ele assinalou que o "sonho" seria uma alíquota única do IVA, mas as exceções fizeram o imposto ficar mais alto na alíquota de referência. Apesar disso, destacou a evolução em relação ao sistema atual, e lembrou que foi inserido na reforma um dispositivo para que as exceções sejam revistas a cada cinco anos.
— Pode ser que possamos chegar à alíquota única. Mas se não tivesse percorrido esse caminho, não teríamos nem um horizonte pela frente. Qualquer alíquota vai ser mais baixa do que a de hoje.
Haddad fez também comentários sobre a peça orçamentária do ano que vem, voltando a dizer que está confortável, apesar de economistas apontarem que as despesas estão subestimadas e as receitas, superestimadas.
Em sua fala, ele reforçou também o compromisso com as metas fiscais, e lembrou que o estouro das despesas previdenciárias não aconteceu no começo do ano, como poderia ocorrer.