O prazo para os consumidores solicitarem a instalação de placas solares com a isenção na taxa de distribuição de energia termina no dia 6 de janeiro de 2023. No Rio Grande do Sul, há pelo menos 9 mil clientes aguardando pela liberação. A isenção é garantida ate 2045.
GZH consultou a CEEE Grupo Equatorial e a RGE, que são as duas maiores empresas de energia do Rio Grande do Sul, para chegar ao número. Ambas informaram que a proximidade do fim do prazo acelerou a procura pela liberação do uso da energia solar.
A CEEE Equatorial informou que atualmente "são 2.117 pedidos, todos eles, dentro do prazo regulatório estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)". No caso da RGE, conforme a empresa, "há 6.798 projetos em carteira para análise, todos dentro do prazo regulatório".
A isenção do imposto é garantida até 2045, segundo o Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado no ano passado. Todos os clientes que solicitaram ou pedirem a conexão até 6 de janeiro, data-limite, terão a garantia de manutenção dos benefícios previstos em lei.
Economia de R$ 330
Morador de Alvorada, o engenheiro mecânico Guilherme Marques Schontag, 44 anos, já está com suas placas solares gerando energia, após liberação da CEEE Equatorial. Acredita que deva economizar cerca de R$ 330 por mês diante do gasto que tinha com a energia elétrica.
— O que me motivou para a instalação foi a economia com a utilização do equipamento e autonomia em relação às constantes incertezas em relação ao fornecimento de energia. Trata-se de um investimento de longo prazo. São quatro anos para se pagar e 25 anos de vida útil dos painéis. E estimativa de economia neste período é de mais de R$100 mil, sem contar variações de tarifa e de escassez de recursos hídricos — explica Schontag.
Ele destaca ainda que acredita ser importante os incentivos à utilização de energias renováveis.
— O aplicativo de monitoramento do sistema informa o quanto de carvão, árvores e não emissão de CO2 são poupados em tempo real, durante a geração da energia — destaca.