Coordenador-geral do governo de transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), reiterou nesta quarta-feira (16) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição vai tratar apenas do Auxílio Brasil - que voltará a se chamar Bolsa Família no próximo governo -, e afirmou que as discussões sobre uma nova âncora fiscal que poderá substituir o teto de gastos ocorrerão apenas no próximo ano.
— A PEC trata da questão do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil), que ambos os candidatos (Lula e Bolsonaro) defenderam na campanha. Não conheço nenhum partido que tenha se colocado contra. Vamos fazer agora o encaminhamento para o Congresso, e acho que o texto vai ser bem recebido — afirmou ele, no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde funciona o gabinete de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— A questão da ancoragem fiscal vai ser debatida com mais calma, não será nesse momento — disse.
Alckmin repetiu que, além dos R$ 600 mensais, o Auxílio Brasil vai garantir o pagamento de R$ 150 por criança com menos de seis anos, com as contrapartidas de vacinação e matrículas nas escolas.
— A primeira infância é prioridade absoluta — disse o vice-presidente eleito.
O vice afirmou ainda que o governo eleito vai trabalhar pela responsabilidade fiscal, mas disse que há a necessidade de ampliar os gastos públicos em 2023:
— Não vai ser um governo gastador. Mas é preciso, de um lado, um mínimo para garantir a rede de proteção social e, de outro, o funcionamento do Estado. Não se pode parar obras, e é preciso ter um mínimo para investimento que vai ser importante para a retomada do crescimento.