Menos de 24 horas após o anúncio do reajuste do preço dos combustíveis pela Petrobras, os motoristas já sofrem o impacto no bolso. Em todos os 20 postos visitados por GZH, na manhã desta sexta-feira (11), os preços da gasolina estão mais caros e podem ser encontrados na faixa dos R$ 6,39 a R$ 7,29.
Conforme o levantamento, o preço mais alto da gasolina comum é no posto Shell da Avenida Assis Brasil esquina com a Rua Edmundo Bastian, bairro Cristo Redentor. A aditivada alcança R$ 7,49 no local. O mais em conta está em um posto sem bandeira da Rua Felicíssimo de Azevedo com Avenida Benjamin Constant, no bairro São João. O litro da comum sai por R$ 6,39.
O gerente do Shell, Bruno Mengue, afirma ter recebido metade dos 20 mil litros encomendados junto à distribuidora. E justifica a alta mostrando a nota fiscal entregue pelo caminhão-tanque.
— Seguramos o que deu. Ontem a gasolina acabou, no final da noite, e hoje já chegou com 18% de aumento. Os outros vão subir também — calcula, apontando para o documento.
O mesmo posto vendia o combustível a R$ 6,19 na manhã de quinta-feira, um repasse de R$ 1,10.
Vendedor de caixões para funerárias, Romeu Gressler, 76 anos, roda o Estado de norte a sul e reclama da despesa.
— Impacta muito — garante.
Variação chega a R$ 0,90
Como todo produto, a pesquisa segue sendo a melhor forma de economia. Entre os 20 postos, a diferença de R$ 0,90 pode ser bastante significativa, consideram o cenário de alta de preços.
Caso o condutor tenha o valor em espécie, a economia pode ser ainda maior. No posto do bairro São João, o motorista pode pagar o valor de R$ 6,39 por litro, desde que pago em dinheiro.
A diferença se justifica pelo não pagamento de taxas bancárias, repassadas nos cartões de débito e crédito, segundo o administrador do local, Rony Reus.
— O que muda é que a gente não paga esse monte de taxas nessa bomba. Mas esse preço vai subir, ainda hoje, quando chegar o novo lote — complementa.
E enquanto o preço não sobe, ao menos uma dezena de carros formavam uma fila no local próximo das 11h.
No estabelecimento situado na Vila Ipiranga, na Avenida do Forte com a Travessa Germano Steigleider Sobrinho, o litro — da comum ou aditivada — foi observado a R$ 6,49 nesta manhã de sexta-feira. Na quinta-feira, o local ainda comercializava combustível com preço antigo, o que gerou filas.
— Ontem foi uma loucura, acabou a gasolina e hoje já chegou mais cara — justifica o gerente da unidade, Sérgio Bastos.
Nas avenidas Protásio Alves e Sertório, a média encontrada é de R$ 6,99, com poucas placas anunciando a gasolina a R$ 6,96.
Com o custo do combustível "queimando o bolso", motoristas também têm observado os preços com mais atenção:
— Eu vim cuidando, percebi o mais em conta e estou colocando R$ 100 — explica o motorista de aplicativos Derquiam Rocha Luís, 33 anos.