Servidores públicos federais realizam, nesta terça-feira (18), protestos em Brasília (DF) com o objetivo de cobrar o governo a dar reajuste salarial às categorias. Entidades fizeram, pela manhã, um ato em frente ao Banco Central e, durante a tarde, se concentram no Ministério da Economia.
A mobilização ganhou força após a aprovação do orçamento de 2022 pelo Congresso, em dezembro, no qual foi aberto um espaço de quase R$ 2 bilhões para aumento dos salários apenas de trabalhadores ligados à segurança, como policiais e agentes penitenciários federais, após um pedido pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que aposta no apoio da categoria em ano eleitoral.
Em Brasília, os representantes das carreiras tentam uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para pautar a questão salarial de todas as categorias e não apenas para os policiais. Eles cobram reajuste dos últimos três anos, corrigido pela inflação.
Os atos são organizados pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúnem mais de 40 sindicatos, associações e federações ligadas ao funcionalismo público.
As entidades prometem reforçar o movimento com novos protestos programados até fevereiro, com possibilidade de greve caso não haja uma sinalização de reajuste nos salários até março por parte do governo Bolsonaro.
Entre dezembro e o início de janeiro, as manifestações começaram a partir de servidores em cargos de comissão, que começaram a pedir exoneração de suas funções em uma saída em massa que atingiu órgãos do governo como o Banco Central e a Receita Federal.
No caso da Receita, por exemplo, os trabalhadores alegam que Bolsonaro e Guedes estão descumprindo uma promessa feita à categoria que garantia, em 2022, uma gratificação devida aos servidores. Porém, o pagamento não foi previsto na previsão orçamentária do governo para este ano.