O Auxílio Brasil fará o Ministério da Cidadania ter o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios em 2022. Serão R$ 173,6 bilhões para a pasta, conforme relatório apresentado pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ) nesta segunda-feira (20).
A votação da proposta orçamentária foi adiada para a terça-feira (21) e parlamentares ainda discutem ajustes na peça.
O Auxílio Brasil, com um benefício mínimo de R$ 400, foi lançado pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, em substituição ao Bolsa Família. No Executivo, o programa é tratado como estratégico para Bolsonaro em 2022, ano em que o chefe do Planalto tentará a reeleição.
No Congresso, a avaliação é de que o auxílio dará um fôlego eleitoral para Bolsonaro, mas com efeito limitado devido à inflação.
O orçamento da pasta, comandada pelo ministro João Roma, ficará maior que o do Ministério da Saúde (R$ 160,6 bilhões) e que o da Educação (R$ 137 bilhões).
A comparação desconsidera as verbas vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência (R$ 889,4 bilhões), que são carimbadas para os benefícios previdenciários, uma fatia obrigatória que compromete a maior parte do orçamento da União.
O Ministério do Desenvolvimento Regional foi mais uma vez a pasta mais cobiçada pelos congressistas na hora de indicar emendas parlamentares. Com as indicações individuais e os recursos do orçamento secreto, o orçamento da pasta comandada pelo ministro Rogério Marinho saltou de R$ 7,7 bilhões para R$ 13,8 bilhões, um aumento de 79% em comparação com o projeto inicial.