O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que o governo pretende seguir adiante com uma agenda voltada aos caminhoneiros, independentemente da greve, marcada para a última segunda-feira (1º), ter "fracassado". Lideranças da categoria se movimentam, entre outros itens, pela redução no PIS/Cofins sobre o óleo diesel e o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete.
— A greve fracassou e fez água. Conversamos muito com os caminheiros e, desde o início, a gente já dizia que essa greve não ia voar. As poucas coisas que aconteceram, como queimada de pneus e paralisação em São Paulo, não têm relação com os caminhoneiros. Agora, não é porque a greve não prosperou que vamos abandonar a agenda, mas precisamos estudar — disse o ministro.
No domingo (31), áudio de conversa entre o ministro e uma liderança dos caminhoneiros circulou em grupos de WhatsApp, no qual Freitas afirmava não ter possibilidade de atender a alguns dos principais pedidos do segmento. Ele confirmou a autenticidade do áudio e disse que se tratava de esclarecer o papel do governo em cada demanda e o que poderia ser atendido ou não.
Balanço das estradas
Segundo balanço do ministério e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve baixa adesão ao movimento e o fluxo era livre de veículos em rodovias federais concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na última segunda-feira.
No fim da manhã, a BR-304, no Rio Grande do Norte, na altura de Mossoró, chegou a ser bloqueada por manifestantes, que deixaram pneus na pista, mas logo foi liberada pela Polícia Rodoviária. Também houve tentativa de bloqueio no km 190 da BR-060, em Goiás, na altura de Guapó. Concessionárias de estradas estaduais registraram manifestações pontuais.
No Rio Grande do Sul, Ijuí e Pinheiro Machado registraram pontos de concentração de caminhoneiros, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande (Sindicam), José Roberto Tadeu da Rosa, um dos principais representantes do movimento no Estado.