Criado em 2009 pelos executivos Paddy Cosgrave, David Kelly e Daire Hickey, o Web Summit se consolidou ao longo da última década como um dos maiores eventos de empreendedorismo, inovação e tecnologia do mundo. A conferência surgiu realizada em Dublin, na Irlanda, terra natal de Cosgrave, hoje diretor-executivo da empresa que organiza a iniciativa. A partir de 2016, a programação migrou definitivamente para Lisboa, em Portugal.
No ano passado, o Web Summit atraiu 70,5 mil visitantes de 163 países, um recorde entre as edições realizadas até o momento. Reino Unido, Alemanha, Brasil e Estados Unidos foram as delegações com maior representatividade. Mais de 1,6 mil startups e 1,5 mil investidores costumam participar da programação. Stephen Hawking e Elon Musk são alguns dos nomes ilustres que figuraram entre as atrações nos últimos anos.
De acordo com o Ministério da Economia de Portugal, apenas em 2018, a conferência injetou 124 milhões de euros na economia local (aproximadamente R$ 786 milhões na cotação atual).
Nos últimos dois anos, a empresa que organiza o Web Summit começou a articular a criação de uma versão sul-americana em 2022. Em seu Twitter, Cosgrave indicou que, em um primeiro momento, cinco países foram cogitados. E o Brasil foi o escolhido. A partir daí, diversas cidades manifestaram interesse em se tornar sede, mas o diretor-executivo indicou que apenas duas estão no páreo: Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Ainda não há data específica para a definição da cidade vencedora da disputa. O secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Claudio Gastal, lembra que havia a expectativa de anuncio ser feito na próxima edição do Web Summit, que será realizada de maneira virtual entre 2 e 4 de dezembro. Segundo Gastal, é possível que a sede do evento sul-americano a partir de 2022 seja definida até o final do ano.