Completando um mês na próxima quinta-feira (17), a greve dos empregados dos Correios não tem previsão de término. De acordo com o sindicato da categoria, as negociações em nível nacional não apresentaram avanço e, agora, as partes aguardam o julgamento da ação do dissídio, marcada para 21 de setembro. Já a empresa afirma que vem realizando diversas ações para minimizar os impactos da paralisação, como deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões.
O Sindicato dos Correios no Rio Grande do Sul (Sintect-RS) afirma que a adesão é de cerca de 70% e ocorre principalmente no setor de distribuição. Quanto ao funcionamento das agências, o Sintect reconhece que não há fechamentos, mas que há prejuízos no atendimento dos clientes.
—Em muitas agências, o atendimento é feito somente pelo gerente e, por conta da pandemia, os clientes são atendidos. No entanto, o processo de trabalho não está completo e o atendimento é precário — afirmou o secretário-geral do sindicato, Alexandre Nunes.
Por meio de nota, os Correios afirmam que no Rio Grande do Sul foram realizados mutirões nos finais de semana e estão previstas novas ações, enquanto houver necessidade. Nas últimas quatro semanas, já foram mais de 187 milhões de objetos postais, entre cartas e encomendas, entregues em todo o país. Ainda, orienta que as pessoas devem aguardar a entrega de cartas e encomendas em suas residências. Somente quem receber a orientação dos Correios para retirada de objetos é que deve se dirigir a uma unidade da empresa.
Por fim, a nota informa que o atendimento ao público nas agências está acontecendo em todo o Estado, porém algumas unidades podem ter alterações no funcionamento. Os serviços, inclusive o Sedex e o PAC, continuam disponíveis. As postagens com hora marcada permanecem temporariamente suspensas – medida em vigor desde o início da pandemia do coronavírus.