Criado pelo governo para amenizar os efeitos da pandemia do coronavírus, o auxílio emergencial de R$ 600 pode ganhar uma importância maior no Rio Grande do Sul: amenizar o impacto da quebra de safra devido à estiagem. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, os agricultores familiares continuam no radar para receber o benefício.
— O que tínhamos conversado, inclusive o pessoal da agricultura familiar tinha estado aqui e conversado com o ministro Onyx (Lorenzoni), porque estes R$ 600 estão no Ministério da Cidadania. Mas (o projeto) foi para a Câmara e colocaram muitas outras categorias. Teve o veto, mas voltamos a conversar com Onyx para ver o que é possível fazer para atender os mais vulneráveis — afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (25), citando ainda que aqueles que trabalham com agricultura de subsistência já têm direito aos recursos.
A ministra também falou sobre a declaração do titular da pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril. No encontro, o ministro defendeu que o governo aproveitasse o momento em que a imprensa está dedicada à cobertura da pandemia para mudar normas regulatórias.
— Ele comentou que devíamos aproveitar o momento para fazer as mudanças. No Ministério da Agricultura, para se ter uma ideia, temos muitas portarias e normas técnicas que uma não fala com a outra. Temos uma burocracia enorme. Temos leis rígidas (...) O que queremos é não atrapalhar tanto o setor privado. Mas as leis têm que ser cumpridas. A não ser que o Congresso decida mudar — disse.